Cachoeira de Santa Bárbara, Poço Azul e Encanto Azull
A enigmática Cachoeira de Santa Bárbara, em Riachão.
Finalmente conheci a minha primeira celebridade da Chapada. Mas para isso, tive que ir a Riachão, a 130 km de Carolina. A viagem é um pouco longa para um passeio. A estrada estava passando por conservação, o que aumentou a demora.
Aqui vai um comentário: todos os passeios que vendem para você em Carolina (cachoeiras, trilhas, poços) são realizados dentro de alguma propriedade particular que cobra uma entrada. Geralmente não é muito. A Torre da Lua não incluiu a taxa no preço do passeio. Por isso, se você decidir fazer o passeio com eles e o guia "se esquecer" de mencionar esses extras, pergunte, barganhe, combine tudo antes.
Bem, chegando na fazenda onde ficam as atrações do dia, deixamos o carro no restaurante, onde é bom você deixar reservado o almoço. O atendimento é péssimo e os preços salgados pelo o que é ofrecido. Não há muitas opções.
Reservado o almoço, seguimos por uma pequena trilha que nos leva até a primeira atração: a Cachoeira de santa Bárbara. É uma enorme queda d´água, que despenca de uma altura de cerca de 75 metros (parece mais) e cai num poço de águas profundas e, por isso, de tom verde-escuro. A queda é mais forte do que parece e provoca um vento que deixa as águas turbulentas. O barulho do choque da queda d´água é enorme, talvez por que tudo acontece dentro de um poço profundo.
De repente, me dei conta de que estávamos entre o cerrado e a caatinga e fiquei admirado por encontrar uma queda como aquela.
Um lugar realmente bonito, mas um tanto enigmático (leia-se: sinistro). Os banhos são permetidos. Mas não havia ninguém nadando. Intuitivamente, algo me disse para não entrar. Como o guia também não se animou, partimos para a próxima atração.
Mas antes, cabe um aviso importante: cuidado com a sua câmera ao fotografar essas cachoeiras. O vento úmido provocado por elas pode estragar o seu equipamento. O ideal é uma máquina à prova d´água ou com aquelas caixas estanques.Andando mais um pouquinho, chegamos a um local chamado Poço Azul. Ou seria Verde? Alguém poderia, por favor, descrever a cor deste poço cercado por pequenas quedinhas d´água, onde peixinhos coloridos nadam junto com você? O guia me explicou que a razão para aquela tonalidade da água era alguma coisa envolvendo arenito com rochas vulcânicas. Mas eu não estava muito interessado. Só queria mergulhar ali, como se disso dependesse a minha sobrevivência.
Vamos dizer que a cor da água é azul-piscina. Mas não é uma piscina. È um poço, um lago ou seja lá o que for. Mas é um dos locais mais incríveis que já vi.
Conforme o guia havia me dito, a água ali é muito mais gostosa. Mas se você não sabe nadar, é melhor ficar próximo às pedras, pois a profundidade passa dos 5 metros.
O grande barato ali é deixar que as pequenas quedas d´água massageiem sua nuca durante loooooongos minutos. Seu corpo irá lhe ser grato.
Não sei quanto tempo ficamos ali, só sei que foi difícil sair. Só o Poço Azul já teria valido a pena a ida até a Chapada. Mas muitas emoções ainda me aguardavam.
Um detalhe: o guia me forneceu máscara de mergulho, mas não snorkel. Não é tão necessário assim, mas quebra um galho. Vale a pena levar o kit completo.
Nadando em estado de graça no Poço Azul.
Enfim, almoçamos. A comida até que estava gostosa. Senti falta de uma redinha para uma cochilada. O guia me falou que na alta temporada o lugar enche. Então, por que não oferecer mais conforto?
Encanto Azul. Tipo assim, Xanadu.
Quando pensei que nada mais fosse me surpreender, seguimos mais uma trilhazinha e acabamos chegando num lugar chamado Encanto Azul. Era um novo poço com água de um azul surpreendente, rodeado por rochas de diversas cores...
Onde está aquela cigana que um dia me disse que eu encontraria no sertao um lugar com ares de Xanadu e me banharia nele sozinho? Ela deve trazer o ser amado via download!
O Encanto Azul foi um dos pontos altos da Chapada. Àguas muito tranquilas e, assim como o Poço Azul, com várias pequenas quedas d´água para você se energizar. Lindo! Os dois locais existem graças ao Rio Cocal, que abastece essas duas jóias.Só senti falta de mais sol, pois os raios solares são barrados pelas rochas e a vegetação. Chega uma hora que a água começa a ficar fria. O guia me disse que por volta de setembro o sol penetra mais no local e a água fica mais agradável.
Seja como for, as horas que passei ali dificilmente serão esquecidas.
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Marcadores: Chapada das Mesas, Maranhão
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