quinta-feira, novembro 29, 2007

O mundo dá voltas

Há 35 anos atrás Lennon tentava garantir sua permanência nos EUA, mas o governo Nixon não demonstrava nenhuma boa vontade com o ex-beatle, devido ao seu envolvimento com o movimento pacifista e com a mobilização para impedir que o próprio Nixon conseguisse a reeleição.

Numa entrevista à revista Rolling Stone, em fevereiro de 1972, Lennon declarou que estava sendo seguido pelas ruas por homens de ternos escuros e que carros suspeitos eram vistos em frente do Edifício Dakota, onde ele e Yoko moravam. Lennon suspeitava também que seu telefone estivesse grampeado e que sua correspondência, violada. O governo o chamou de paranóico e durante anos sustentou essa tese.

Nixon se reelegeu. Aconselhado por seus advogados, Lennon abandonou o pacifismo e quando, logo após conseguir o tão sonhado visto de permanência, em 1975, Lennon se calou. Abandonou as gravações e os shows. E também a vida pública, virando um ermitão do rock. Muita gente achou que ele tivesse feito um pacto com o governo de se calar em troca do visto. Será?

Seja como for, Lennon quebrou este acordo em 1980, quando voltou a gravar. E, por coincidência ou não, morreu neste mesmo ano, assassinado.

Mesmo após a morte do ex-Beatle, o FBI e a CIA constinuaram batendo na mesma tecla de que o ex-beatle estava vendo coisas. Mas no início dos anos 90, foram encontrados documentos que provavam o contrário. Pilhas de relatórios que o serviço secreto americano enviava mensalmente a Washington detalhando todos os passos e todas as atividades do autor de Imagine. O fato deu o que falar.
Esse trecho obscuro da história da música virou o documentário acima, de David Leaf and John Scheinfeld, que estreou nos cinemas americanos em setembro de 2006 - ainda inédito por aqui - e virou livro, Gimme Some Truth: The John Lennon FBI Files by Jon Wiener - ídem. Ambos trabalhos foram baseados nos tais documentos secretos da polícia federal americana, que agora caíram na boca do povo, pois a maravilhosa web permite que você os confira aqui.
Lennon deve estar rindo muito.

Marcadores:

domingo, novembro 25, 2007

A Verdadeira História de Suzete Kitchnette

Foto by Bezitted


“Era uma vez uma garota humilde do subúrbio. Bonita e muito ambiciosa. Sonhava em ser uma atriz do teatro e do cinema. E preferiu o caminho mais fácil. Os homens têm necessidades e ela aprendeu a satisfazê-las. Então, a moça humilde do subúrbio acabou se transformando na maior vagabunda que esta cidade já conheceu. Ganhou muito dinheiro com isso. Mas, como nas novelas mexicanas, não encontrou a felicidade. É isso que você quer escrever? Um drama mexicano?”

Este é o trecho inicial do conto que tem o título deste post. Para saber quem foi mesmo Suzete, só lendo o meu livro de contos Crimes e Perversões, que de drama mexicano não tem nada. A segunda edição já está rolando e pode ser pedida pelo juliocorrea19@gmail.com.

Marcadores:

terça-feira, novembro 20, 2007

Não vá para o túmulo sem eles

A bela versão britânica da capa do lendário álbum Eletric Lady Land, do Hendrix, uma das mais imitadas da história.


O jovem chegou no céu e ainda atônito, sem saber direito o que havia acontecido, deparou-se com Deus.
"Eu fui um cara legal. Eu juro! Nunca vendi extasy, nunca espanquei prostituta, sempre odiei Bush..."


"Mas me responda uma coisa, meu filho. Você ouviu Eletric Lady Land do Jimi?"
"Infelizmente...n-não."



"Tic-tic-tic-tic-tic-tic", Deus, balançando a cabeça, "Então, siga direto, dobre a direita e desça até o inferno. Próximo!"



Este diálogo abusurdo é o que sugere o título do livro mais comentado do momento, o almanaque 1001 Discos para se ouvir antes de morrer, que a Sextante lançou há algumas semanas. Como o tal livro (um tijolo com milhares de páginas) foi escrito por quem entende do assunto, digo, Robert Dimery e Michael Lydon, a tal "listinha" merece respeito. Dimery tem no currículo colunas nas revistas americanas Time out e Vougue, enquanto Lydon foi simplesmente um dos fundadores da Rolling Stone.
Mas os dois não trabalharam sozinhos. Foram reunidos mais de 90 críticos musicais em todo mundo para a empreitada.



O trabalho engloba o trecho dos anos 50 até os dias atuais e se você quer saber se aquelas figurinhas fáceis estão presentes, estão: Sgt. Peppers, What´s going on?, do Marvin Gaye, Dark side of the moon, do Floyd, The Rise and fall of Ziggy Stardust, do Bowie, etc. Mas há novidades como o London Calling, do The Clash, e os discos do The Stooges, a banda que praticamente criou o punk rock e da qual saiu o tresloucado Iggy Pop.


Quer saber se há brasileiros? Sim. Vários. O Caetano com o seu lendário Lp de 68 que tem Tropicália, os Mutantes, a Elis, Tom Jobin, Jorge Ben, entre outros. Mais o mais elogiado na lista foi um trabalho já comentado aqui, o Clube da Esquina, do Milton e do Lô Borges, que completou 35 anos de existência este ano.


Mas também há uns discos sem os quais qualquer um de bom gosto passaria a existência sem precisar ouvir, como os da Britney Spears, por exemplo, listados entre os 1001.


Na verdade, acho que cada um deve saber o que precisa ouvir. Mas já que todo mundo está fazendo sua listinha...não, não vou fazer lista nenhuma e sim indicar dois discos - que por sinal estão no almanaque - e que acho que você não deveria partir sem conhecer.


Eletric Lady Land foi lançado em setembro de 1968 e continua um clássico. Muita gente pensa que Hendrix era um artista do palco, mas ele era fundamentalmente de estúdio. Adorava passar horas e horas testando, experimentando, pesquisando. Foram vários meses de gravação num estúdio em Manhattans e o resultado foi um álbum duplo irrepreensível, com o melhor da que a música da época poderia oferecer. Tem de tudo: rock, soul, pop, blues, psicodelia e até um namoro com o progressivo, que ainda estava sendo gerado na europa. Ouvir esse disco hoje ainda é uma experiência única, uma gratificante experiência espiritual.
A faixa título, logo no início - essa que você deve estar ouvindo - já é um convite. Um idiota como eu, para fazer uma música sobre a Terra das Mulheres Elétricas, certamente apelaria para um clima tipo Boate Barbarella, em Copacabana. Mas Hendrix produziu esta verdadeira poesia sonora, com um arranjo quase angelical. Só um mestre conseguiria falar, com a delicadeza de uma dama, sobre mulheres elétricas.


E quando Jimi pergunta: Have you ever been in Eletric Lady Land?


Espero que você possa responder que sim. Senão...


"tic-tic-tic-tic-tic-tic"


Curiosidade: Para fazer a primeira capa do disco, um grupo de dançarinas de boates de strip-tease londrinas foram recrutadas. Elas ganhariam alguns xiilings para posar de roupa de baixo. Logo no início da sessão de fotos, decidiu-se que elas posariam como ganhavam a vida. As meninas fizeram traseiro-doce e se recusaram. O teatro durou até aumentarem a proposta financeira. E o resultado foi uma das capas mais lindas e imitadas da história da música. Infelizmente, Hendrix não gostou, pois temia que o puritanismo americano fosse lhe causar problemas e a capa lançada lá é a mesma que cobre o cd atualmente, bem mais careta, apenas com o guitarrista. Aqui no Brasil, na época, apesar do governo militar, o disco foi lançado com a capa britânica. E hoje está valendo ouro nas mãos dos colecionadores.


O álbum duplo de Milton e Lô Borges é um dos raros casos em que a contra-capa ficou mais famosa do que a capa em si.


O Clube da Esquina, lançado em 1972 nasceu de uma história de lealdade e amizade. Já contei tudo aqui, mas vale fazer um resumo.


No início daqueles tenebrosos anos 70, Milton era o único integrante do Clube da Esquina - grupo de amigos músicos que se reunia para beber, tocar e compor numa esquina da rua Paraisópolis, bairro de Santa Tereza, em Belô (Lô Borges, Fernando Brant, Wagner Tiso, Beto Guedes, entre outros) - que havia conseguido projeção nacional. E resolveu fazer um trabalho do qual toda a galera participasse. Foi alugada uma casa em Maricá, região litorânea do Rio, onde o Clube se hospedou por um bom tempo, preparando o Clube.


Os críticos conseguem identificar "inegáveis influências beatlemaníacas" no som do disco - Lô Borges era um beatlemaníaco. Sim, ela até existe, mas o Clube conquista você principalmente por soar como Minas com tempeiro urbano. Até hoje, quando ouço esse disco não posso deixar de imaginar as estradas, os campos, as colinas, as montanhas, as ladeiras, as igrejas...o disco cheira a Minas. Mas os arranjos são modernos e sofisticados. Em resumo, eles conseguiram fazer um trabalho de altíssimo nível técnico, dentro das possibilidades da época, sem perder o lirismo e aquela poesia roceira que só se encontra em Minas. Nenhum outro trabalho conseguiu tal eqülibrio.


Esse disco para mim tem um significado especial. Um primo meu foi preso logo após o lançamento. Como vários amigos dele já haviam sido presos e ele estava esperando a qualquer momento a visita dos homens da repressão, entregou o álbum para minha irmã, pois, caso fosse preso, não tinha muitas esperanças de sair vivo do Doi-Codi. Ele foi preso logo depois e esse disco ficou conosco. Meu primo consegiu sair vivo, mas ficou sem jeito de pedir o disco de volta. E hoje, apesar de já possui-lo em Cd, guardo com muito carinho o exemplar com uma dedicatória-despedida, que ainda me emociona. Mas se não tivesse saído vivo da prisão, meu a existência deste meu primo não teria sido em vão.


Curiosidade: Muitas lendas tem sido criadas em torno da capa deste álbum. Já se falou inclusive que os dois meninos seriam Milton e o Lô quando criança - o que seria um absurdo, já que entre os dois existe uma diferença de idade respeitável. Na verdade, são dois moleques fotografados á beira de uma estrada, próxima a Nova Friburgo. A foto foi feita para a capa principal, mas a gravadora não gostou, pois não trazia o nome do disco e nem dos artistas. Foi criada a capa convencional e esta virou a contra-capa. Mas os lojistas passaram expor o disco com a foto dos moleques e assim o disco ficou conhecido. Ninguém mais se lembra como é a capa principal.


Fico imaginando como estarão esses moleques hoje. Será que têm a idéia da sorte que tiveram em estar naquela beira de estrada na hora certa? Será que eles sabem que rodam o mundo, graças a um disco que ninguém deveria morrer sem ouvir?

Marcadores:

segunda-feira, novembro 19, 2007

Sangue em Los Angeles

Poderia ser mas não se trata de título de filme do Brian de Palma - que aliás acabou mesmo de estrear novo trabalho nos EUA -, baseado em livro do Elmore Leonard e roteiro de Quentin Tarantino.
É que o bicho anda pegando na Cidade dos Anjos e esse mês de novembro tem sido particularmente violento. O jornal Los Angeles Times abriu um blog para relatar cada morte violenta acontecida na cidade.
É uma emocionante prova do poder que os blogs estão tendo hoje. E tem gente ainda fazendo deles um diariozinho.

Marcadores:

quinta-feira, novembro 15, 2007

Sou f... mas tenho estilo


Nos idos dos anos 70 eu tive um estilo de vida assim meio...hippie. Carregava pesadas mochilas de lona pelas estradas, pedia carona, viajava em traseiras de caminhões, pedia dinheiro nas ruas e dormi muito em bancos de rodoviárias. E não estava sozinho. Muitos da minha geração embarcaram na onda da geração anterior que acreditava na possibilidade de um modo alternativo de vida.



Porém, essa minha fase teve seu prazo de validade, lógico.

Mas o sonho de levar uma vida fora dos padrões comuns parece atravessar as gerações. E o site espanhol Ziza resolveu fazer arte, fotografando vários destes outsiders em diversas cidades norte-americanas. Dica do blog da Luiza Voll. Infelizmente o site espanhol os chama de vagabundos. Mas creio que eles sejam mais do que isso.




Eles estão em praticamente todas as grandes cidades dos EUA. Muitos são ex ou atuais viciados. São excluídos do mercado de trabalho ou do mercado imobiliário. Vivem em parques, casas abandonadas, nas calçadas, traillers ou em qualquer buraco. Comem e vestem o que encontram ou fabricam suas próprias roupas, ganham trocados pedindo ou tocando música ou fazendo pequenos serviços. Geralmente são pacíficos e não dão trabalho a polícia.

Aparentemente parecem mendigos, mas o que os difere dos demais homeless é que eles têm um estilo de vida. E nem todos estão nessa vida por falta de alternativa. Como eu, há mais de 30 anos, acreditam num outro modo de vida, diferente do que a sociedade impõe. E riem daqueles que acham que esse sonho acabou.
Estilo é sinônimo de diguinidade, na minha opinião. E isso eles têm de sobra.



Ecologistas e pacifistas, muitos desses supostos vagabundos, defendem causas, mas ao contrário dos seus antepassados, eles não acreditam na possibilidade de uma vida alternativa. Eles criaram uma.


E, por isso, vagabundos ou não, merecem o meu respeito, assim como qualquer um que luta pelo seu sonho.

Marcadores:

quarta-feira, novembro 14, 2007

Parabéns pra você...








...que estava no planeta terra em 1987 e gosta de boa música. Pois foi naquele ano que nossos ouvidos e nossos espíritos foram salvos por um cd que veio lembrar aos roqueiros que nem tudo estava perdido e que um som de qualidade ainda era possível.


Olhando para trás, há vinte anos, você ligava o rádio e ouvia coisas como Def Lepard, Madonna (em sua pior fase, perguntando Who´s that girl?), Whitney Houston, Cindy Lauper, Duran Duran, Boy George, Inxs, Poison, George Michael, uma Tina Turner já cansada...argh! Tá certo que havia o pessoal do rap para nos Aqui, a fase de ouro do BRock dava seus últimos supiros e, salvo algumas exceções, não produzia muita coisa interessante.


Pois eis que de repente esses quatro irlandeses, há três anos sem lançar um trabalho, reaparecem para salvar a humanidade roqueira do tédio com um disco irretocável, aclamado mundialmente pelos críticos e pelos fãs. Joshua Tree, nome de uma árvore nativa do deserto de Monjave, no interior da Califórnia, é uma obra-prima. Talvez o melhor do U2. Aliás, acho que esse disco não poderia ter outro nome. As faixas tocam no que temos de mais cru, deserto e isolado em nosso interior. Ao contrário dos discos da época que eram feitos para serem ouvidos na praia ou enquanto se lavava o carro, num domingo de manhã, o Joshua pedia quietude e reflexão. As letras obrigava você deixar tudo o que estava fazendo. Em toda décade de 80, poucos discos mereceram ser levados tão a sério.


Joshua Tree fez a nossa ficha cair e percebemos que o rock ainda tinha salvação no CTI. Aliás, na calada das noites californianas, gente como Smashing Pumpkins, Red, Hot Chilly Peppers e Jane´s Adiction, já estavam preparando o antídoto que levaria o rockn´roll para o quarto particular.

Marcadores:

sexta-feira, novembro 09, 2007

Enquanto isso no submundo...



Foto by Ali K.



Quer saber como termina isso. Peça o livro Crimes e Perversões pelo email: juiocorrea19@gmail.com. E atenção! É versão papel, não é PDF.









Os personagens do texto acima são fictícios, mas a cena das putas foi baseada em uma que assisti nessa esquina da rua Luiz de Camões, atrás da Praça Tiradentes, onde fica o Centro Cultural Hélio Oiticica. Durante o dia é apenas mais uma rua da parte velha do Rio. Mas à noite, é mais conhecida como "rua das putas", antiga e decadente área de prostituição da cidade.





Marcadores:

quarta-feira, novembro 07, 2007

Listas, estas inevitáveis



Passou meio batido, inclusive por aqui, a lista dos 100 melhores discos brasileiros de todos os tempos, publicada recentemente na Rolling Stone brasileira.

Como sempre há polêmica. Adoro o disco vencedor, Acabou Chorare (foto), dos Novos Baianos, lançado em 1972, e sobre o qual já comentei aqui. Mas eu levaria o Clube da Esquina, do Milton e do Lô Borges, ao topo do pódium. Mas enfim...

Há resultados justíssimos, como o Chega de Saudade, do João Gilberto, em quarto; o Tábua de Esmeraldas, do Bem - outro que também já foi abordado aqui -, em sexto; o Cartola, em oitavo; e o Elis & Tom, em décimo primeiro. O Fa-tal, da Gal, em vigésimo, achei que poderia ter tido uma colocação melhor. Já o Secos & Molhados em quinto, achei exagero.

Nós Vamos Invadir Sua Praia, do Ultrage a rigor, foi a grande surpresa para mim. Assim como o lp do Roberto Carlos de 1971 - o que tem Detalhes -. Senti falta do Drama, da Bethânia.

Qual eu tiraria da lista? Sem dúvidas o Loki, do Arnaldo Baptista. Um dos piores discos nacionais que já ouvi.

Não sei qual o critério usado pelos críticos que elaboraram a lista, mas a grande maioria dos contemplados com os trinta primeiros lugares são do início dos anos 70, justamente uma fase da MPB que considero de ouro. A nova geração não está presente nos dez primeiros. A melhor colocação foi o Da Lama ao Caos, do Chico Science & Nação Zumbi, em décimo terceiro. O disco foi lançado em 1994.

Mas julgue você mesmo, conferindo aqui .

Marcadores:

domingo, novembro 04, 2007

Vacas - O Retorno

A vaquinha de Jah.


Outro dia fui almoçar na Churrascaria Porcão, no Parque do Flamengo, perto aqui de casa, e encontrei essa vaquinha com cabelo rastafari, no jardim em frente. O jornal O Globo está promovendo uma enquete para eleger a mais legal das quase cem vaquinhas espalhadas há mais de um mês pela cidade, pelo projeto Cow Parade, sobre o qual falei há alguns posts atrás. Elegi esta rastavaca. Por esta, nem Bob Marley, nos seus dias de mais loucos de ganja - a maconha jamaicana - poderia imaginar.


Não sei até quando o Cow Parade ficará na cidade, mas já conquistou o coração dos cariocas. No feriado de sexta, por exemplo, poetas do grupo Ratos di versos, organizaram um sarau
Só achei sacanagem colocar esta obra em frente a uma churrascaria, onde muitos de sua raça são devorados em rodízios por seres famintos. Como eu.

Marcadores: