sábado, fevereiro 24, 2007

Bíblia


Se alguém ainda tem dúvidas sobre a força dos blogs, este recente lançamento de Hugh Hewitt, um blogueiro que hoje escreve para o Daily Standard e para a edição online do Weekly Standard, acaba com todas elas. Hugh é um dos papas da blogosfera e não só se refere ao crescimento dos blogs como um movimento revolucionário, como também avisa aos empresários para não desprezarem essa lucrativa ferramenta de informação.
E este livro, que é do nosso interesse, foi ontem, sábado, 24 de fevereiro, alvo de uma matéria no caderno de economia do O Globo. Mergulhe aqui para conferir.
Agora, se você depois de ler tudo ainda tiver dúvidas da importância do que temos nas mãos, desligue o computador e vá assistir novelas ou o BBB.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Adrenalina



quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Recesso de Carnaval

Foto de Carlos Moraes da Ag. O Dia


Como vocês podem ver na foto, o carnaval já começou no Rio. Unidos do C.V., Bloco da Força Nacional, União da CORE, Cordão da Milícia, Acadêmicos do Bope. Milhares de corpos serão arrastados pelas ruas durante quatro dias e muitos vão se acabar na folia.
Eu, ainda no meu momento introspectivo, vou sair no bloco do eu sozinho. Talvez um cineminha, um jantarzinho e uma prainha. Mas também haverá tempo para os meus blocos favoritos.
Este blog estará fora do ar até a quarta-feira de cinzas. Mas promete voltar com fotos da festa numa cidade em guerra. Ou em qualquer edição extraordinária.
Deixo duas musiquinhas para levantar o astral.
Bom carnaval a todos! E juízo!

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Introspecção




Alguém foi à praia no último final de semana, antes de as chuvas voltarem a cair sobre o Rio.




Estou vivendo uma fase meio introspectiva. Nestes meus 47 de estrada, já vivi fases assim e sei que são épocas para se estar só. Por isso no último sábado, larguei tudo e sumi para me encontrar.

Quem não mora no Rio, não tem noção do que é a cidade no verão e na beira do carnaval, quando a atmosfera fica envolvida numa euforia nociva para quem quer apenas se curtir e refletir um pouco. É como se todos esperassem desesperadamente por algo imenso acontecer em suas vidas. Mas nada acontecer.
O que estou sentindo não tem nada a ver com tristeza. Tem a ver apenas com tomar um chá (um uma água de côco) conmigo mesmo.
E gosto de me encontrar aqui...



(...)

...em Lopes Mendes...




Ilha Grande.



...litoral sul...



...do Rio. Pra onde volto todo o verão

Quer mais? É só dar uma olhada neste micro-vidozinho de 22 segundos que fiz aí em baixo e digam o que acharam. Foi o meu primeiro vídeo, por isso não sejam cruéis.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Tarde na praia

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Toda Estupidez Será Castigada

Nelson Rodrigues

Na verdade poderia ser Nelson Rodrigues.
Este cidadão acima é o Luiz Biajoni, jornalista e um pacato pai de família do interior paulista. Mas também autor de um dos livros mais resenhados nos últimos tempos. Sexo Anal - uma novela morrrom. Livro esse cujo o tema é aquilo do qual muito se fala, mas sobre o qual poucos entendem.
Mas não se iludam. Vulgaridade e baixaria passam longe deste romance de 204 páginas. E não é pouca coisa, pois escrever sobre sexo é mais difícil do que a prática em si. É caminhar sobre uma linha tênue entre a beleza do erótico e a pura sacanagem pornô. Mas o Bia consegue, através de uma linguagem leve, simples, dinâmica e esperta, manter o equilíbrio.
Assim que comecei a ler o livro, a imagem de um Nelson Rodrigues mais moderno, de camiseta GAP, calça cargo e ipod, veio a minha mente. E as obsessões comuns nos textos do velho dramaturgo me perseguiram durante toda a leitura. Se não vejamos, Luiz e Virgínia são dois jornalistas que mantém um caso bem resolvido. Virgínia tem necessidades de sexo pela traseira, o que é resolvido sem problemas pelo namorado. Mas ao investigar o estupro e assassinato de uma menor e entrevistar um dos criminosos na cadeia, este lhe diz: “Eu quero comer o teu cú.” E como nos textos do saudoso Nelson, a liberal Virgínia perde o eqüilíbrio ao sentir os porões de sua mente invadidos por sentimentos estranhos. Ela passa a se sentir culpada pelo próprio desejo. E seu conflito interior aumenta ao lidar com o preconceito e o machismo dos colegas de redação, que vêem o sexo anal como uma excentricidade. “Não esquenta, esses desequilibrados têm mesmo essas perversões, sexo normal não satisfaz esta raça. Eles querem sexo anal, comer defuntos...essas anomalias.”, diz um deles. Além disso, Virgínia tem que enfrentar o ciúme de Luiz, quando ela confessa inocentemente que havia o traído com o seu médico, por quem ela sente uma avassaladora atração sexual. Enquanto isso Luiz busca consolo com uma jovem que havia sofrido abuso sexual na infância.
Sexo Anal é sobre isso. Sobre gente lutando para realizar seus desejos sexuais mais íntimos, numa sociedade que, se evoluiu muito, desde os tempos áureos de Nelson, talvez não tenha evoluído tanto quanto gostaríamos. Se estivéssemos nos anos 50, Virgínia poderia ser Ermelinda e Luiz, Adamastor. Mas estariam lidando com o mesmo tripé de conflitos: traição, desejos, obsessões. Tudo isso faz de Sexo Anal muito mais do que um livro sobre sexo. Na conclusão do livro, por exemplo, a escolha de Virgínia resume o principal proposta do romance, a luta para que a felicidade através da satisfação total dos desejos venha um dia a derrotar os pesos pesados da estupidez humana, em um desafio de vale tudo promovido pela moral.
Outro aspecto interessante é como os personagens falam de questões sexuais – algumas até mesmo fortes, como estupro e homossexualismo – de forma tão natural, o que dá um toque atual e inteligente ao livro. Mas se essa naturalidade é o trunfo do Sexo, em alguns trechos, também é o seu maior inimigo. O autor peca pelo excesso, ao descrever cenas totalmente dispensáveis. Um pecado típico de escritor iniciante, que tem a ilusão de estar sendo mais verdadeiro ao se prender a pormenores. Por exemplo, Virgínia tem problemas de hemorróidas, o que dificulta suas relações sexuais. Até aí, tudo bem. Mas os detalhes do seu sofrimento podem lever o leitor desatento a pensar que o autor quer apenas chocar, o que seria uma grande injustiça. Encaro isso como uma ingênua honestidade ao desenvolver o texto. Já posso até ver o velho Nelson com suas bochechas caídas dizendo: “Minta mais, meu caro Bia! Minta sem nenhum pudor!”
Por outro lado, o texto seria enriquecido com um perfil psicológico mais trabalhado de seus personagens, que são tão interessantes. Aliás, uma revisão também mostraria caminhos para agilizar trechos que parecem repetitivos, embora, no geral, a fluidez do texto seja uma de suas maiores qualidades.
Na verdade, Sexo Anal é um romance único que deveria estar nas melhores livrarias se as editoras brasileiras não fossem tão burras. Biajoni é mais um na extensa lista dos desprezados pelo mercado editorial, a recorrer a web para divulgar a sua arte. O que não é nenhum pecado. Mas neste caso, pela qualidade da obra, a web deveria apenas ser uma ferramenta e não a solução. Vai dizer!


Baixe o livro, mergulhando aqui.
E o blog do autor está linkado aí do lado.
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Por falar na burrice das editoras, continuo comercializando o meu romance policial A Arte de Odiar por aqui. São 98 páginas, formato PDF bem fácil de ler. Como remuneração pelos três anos dedicados ao livro estou cobrando o preço de dois chopes ou duas águas de coco: R$ 5, via depósito bancário. É só pedir pelo juliocorrea19@gmail.com e mando via email. Com direito a autógrafo. As razões que me levaram a isso estão no último post.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

A Arte de Odiar

"É bem mais fácil navegar sem o peso de tanto ódio escondido no porão. É preciso jogar luz nos demônios dentro de nós. Demônios não gostam de luz e vão embora. "
Num parque à noite, alguém infeliz é assassinado. Esse é o mote para o A Arte de Odiar.
Foto tirada daqui.


A Arte de Odiar é o título do meu romance policial. Ele foi concluído com uma bolsa ganha através de um concurso promovido pela Biblioteca Nacional, em que concorreram centenas de outros romances, inscritos em todo o país. Para mim foi uma surpresa ter sido um dos três contemplados, porque ainda há um grande preconceito contra a literatura policial. Críticos “inteligentes” dizem que ela é uma arte menor, apenas para o entrenimento.
Apesar do trabalho, foi um prazer enorme escrever este meu primeiro romance. A frase que abre este post não é o desabafo de uma das vítimas e, sim, do personagem principal, o detetive Lacerda, que tem conquistado fãs no Brasil inteiro. A grande maioria das pessoas que leram o Arte, retornaram para me dizer o quanto estavam maravilhadas com ele. Na verdade, apesar do mundo violento, imoral, sujo e corrupto que o cerca, o velho detetive ganha você não por ser um super-herói ou um super-tira. Mas por ser extremamente humano. Humano como qualquer um de nós, como qualquer pessoa que vemos nas ruas e que num momento de fraqueza pode passar para o lado de lá, para o lado do mal. O Lacerda e todos os vários personagens deste livro são humanos com H maiúsculo, por isso não se deve confiar muito neles, pois todos podem errar. Após três anos escrevendo o Arte, quando coloquei o ponto final, senti uma profunda tristeza porque me deu uma grande vontade de sentar num bar para tomar uns chopes com o Lacerda e papear. Até que percebi que o Lacerda não existia, que o Lacerda estava dentro de mim. E até hoje tento entrar em contato com ele. A literatura, na verdade, serve para colocarmos pra fora o bom e ruim dentro de nós.
Pensei que com a premiação da Biblioteca Nacional fosse abrir as portas das editoras para mim. Mas foi ilusão. Entrei em contato com várias do eixo Rio-São Paulo e nada. Na Revan, aqui do Rio, o livro chegou a ir para a revisão. A Objetiva chegou a mandar uma carta elogiando o meu trabalho, mas que terminava com um: “Você não é conhecido na mídia, logo não seria interessante investir em você.”
Então, no final de 2005, eu lançava o A Arte de Odiar por minha conta. A primeira edição foi só para amigos e lançada apressadamente durante um evento da Revista Bagatelas, da qual eu fazia parte. Toda edição foi esgotada na mesma noite, o que me surpreendeu.
Depois vieram mais 4 edições, todas esgotando-se rapidamente. Aí surgiu um problema. A fama do livro passou a se espalhar pelo Brasil, com pedidos vindo de todas as regiões. Cheguei a enviar exemplares também para Portugal e Itália. E como as custas de reembolso são muito caras, o que acabava encarecendo o livro, decidi fazer o mesmo que um número cada vez maior de escritores: disponibilizando suas obras através da internet. Em fins dos anos 90, quando o norte-americano Stephen King anunciou que iria comercializar o seu romance na web, muitos riram. Mas hoje em dia, até o nosso Paulo Coelho decidiu fazer o mesmo. Da nova geração de escritores, Daniel Galera e Daniel Pellizzari são alguns que também colocaram suas obras na web antes de serem pescados por grandes editoras.
Por isso estou comercializando o Arte por aqui. São 98 páginas, formato PDF bem fácil de ler. Como remuneração pelos três anos dedicados ao livro estou cobrando o preço de dois chopes ou duas águas de coco: R$ 5, via depósito bancário. É só pedir pelo juliocorrea19@gmail.com e mando via email. Com direito à dedicatória e autógrafo. Assim eu tenho a certeza de que facilitarei a vida das pessoas que moram em lugares distantes de mim.
Trechos do livro virão nos próximos post, assim como aventuras do Lacerda.
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PROMOÇÃO: E como não sou mercenário decidi dar um presente aos que costumam levar bala aqui. O primeiro que comentar e disser EU QUERO O MEU A ARTE DE ODIAR leva di grátis.


Um abraço a todos