Línguas
Saber falar um idioma - além de falar bem a sua própria língua - é um dever de todos os que querem sobreviver no mercado. De preferência o inglês.
Marcadores: Vida moderna
Totalmente disparado no mundo.
Marcadores: Vida moderna
Para mim, o grande bem que a bossa nos fez, foi ter ajudado a legitimar o samba, esse ritmo que até então era visto pela classe média como coisa de vagabundo, favelado e gentinha.
Na verdade, a bossa deu o pontapé inicial, pois, no início, ainda ficou aquela coisa de que "samba do morro não tem qualidade, mas feito em Ipanema tem." Isso até que um cara chamado Jorge Ben, junto com a sua geração (Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Beth Carvalho, Clara Nunes, Alcione, etc) viesse fazer a classe média mudar os seus conceitos. Mas isso é assunto para outro post.
Por enquanto, quero só bater palmas para essa cinqüentona sarada e vitaminada, que mora no coração dos cariocas e é quase um hino desta cidade.
Marcadores: música
Daqui a alguns meses haverá eleição lá na matriz.
Todos torcem para que os democratas dêem uma surra nos republicanos e coloquem Bush e suas Condolessas para correr.
E certamente, durante os próximos meses de campanha democrática, certamente artistas pop e hollywoodianos deverão aparecer ao lado do futuro candidato.
Nem sempre foi assim. Os artistas vinham tendo uma participação discreta nas campanhas eleitorais, salvo um ou outro caso isolado. Até que em 1972, uma batalhão de astros pop, liderados por John Lennon, decidiu unir forças para tentar levar o maior número possível de jovens às urnas, para desbancar Nixon. James Taylor e sua mulher Carly Simon, Stevie Wonder, Dionne Warwick, Carole King, entre outros, subiram no palco para cantar ao lado do rival de Nixon, George McGovern.
Foi a primeira vez que a música pop foi usada em grande escala na campanha presidencial. A própria filha do candidato democrata, Maureen McGovern, fez sucesso com um compacto com a canção The Morning After, usada também na campanha.
Infelizmente tudo isso foi em vão e Nixon ficaria na Casa Branca até renunciar em agosto de 1974. Mas a partir daquele ano virou moda se recorrer ao apoio de astros pop. Em 1976, por exemplo, a banda The Allman Brothers Band chegou a permitir que Jimmy Carter usasse seus sucessos.
E hoje ninguém mais se espanta ao ver determinado artista demonstrar seu apoio a determinado candidato.
Tina Turner, democrata de carteirinha, deve ser uma que irá lutar a favor de Osama ou Hillary. Deverá aparecer como a avó sessentona que é, experiente, que já viveu muito e que, por isso, sabe o que é melhor para o país, etc...
Mas assistindo a esse vídeo de sua apresentação, ao lado do seu já falecido marido, Ike Turner, ao abrir o show dos Rolling Stones, no Madison Square Garden, Nova Iorque, novembro de 1969, mostra que sabe mesmo muitas outras coisas.
Marcadores: Literatura
Marcadores: Vida moderna
Chico Buarque nunca precisou pegar no batente, mas essa canção, Samba e Amor, podem ajudar a você sair de um emprego com dignidade.
Ela está no Chico Buarque de Hollanda, volume 4, de 1970. Chico havia acabado de voltar do exílio e neste mesmo disco deveria estar incluída Apesar de Você, que foi grampeada pela censura durante oito anos.
Aliás, sobre Apesar de Você, eu sei um fato interessante. Em 1974, Chico foi fazer um show em Juiz de Fora. A música estava terminantemente proibida de ser cantada em seus show e, sendo o artista mais visado pelo governo militar, havia na platéia do Teatro Municipal daquela cidade, vários agentes do DOPS, preparados para subir no palco e prendê-lo, caso Chico tentasse cantar Apesar... . Em dado momento, a platéia começou a cantar a música espontaneamente. E para desespero dos agentes da repressão, Chico passou a acompanhar o público no violão. O que os policiais poderiam fazer? Prender 200, 300 pessoas?
E ainda tiveram que ouvir o Chico falar, tão cínico quanto você para o seu chefe:
"Eu não estou cantando nada. São vocês!"
Marcadores: música