Tragédia Grega
Story Line: Um homem idoso começa a enfartar em sua casa. Seu filho, de 19 anos, pega sua moto para procurar um táxi para levar o pai ao hospital. Encontra um numa rua próxima. Quando vai deixar a moto na calçada para entrar no táxi, é baleado mortalmente por um policial militar que o confundiu com um bandido. Seu pai, o homem de meia-idade, morre horas depois no hospital.
Poderia ser uma pequena sinopse de um filme, mas aconteceu, na última semana, no subúrbio do Jacarezinho, aqui no Rio. Os personagens são o aposentado João Rodrigues de Macedo, 71 anos (como o enfartado) e seu filho, estrelado pelo entregador de pizzas, Bruno Ribeiro. O vilão foi o soldado PM, Julio César de Oliveira Lira, que agora pode pegar até 20 anos de cadeia.
Quero eu acreditar que tudo não tenha passado mesmo de um engano. Um engano que não pode acontecer. Mas essa história está muito mal contada e ainda promete cenas emocionantes. O policial alega que pensava que o jovem estivesse assaltando o taxista (coadjuvante não-identificado). Mas sem arma? "Nós pagamos impostos para que nossos defensores nos matem!". Esta frase certamente estaria no roteiro do filme, se fosse realmente um filme, mas foi dita pelo tio do entregador morto, Celso Ribeiro, na ocasião do enterro do rapaz.
A guerra vivida no Rio de Janeiro já produziu muitas tragédias, mas esta chocou ainda mais a cidade por ter ocorrido devido a um erro, por ter sido praticada por alguém de quem se espera proteção e por ter o diabo levado dois inocentes com apenas um tiro.
Apartir de agora qualquer ficção que eu colocar neste blog vai parecer piada.
E por falar no Diabo...
"Às vezes eu me sinto como aquelas mulheres do circo, que ficavam sorrindo enquanto um homem atirava facas em volta delas, lembra?... Acho que viver é a arte de sorrir enquanto nos atiram facas."
Palavras de Odete Escarlate, na minha peça Esta Noite É Verão No Inferno
O GRUPO AUTORES EM CENA
CONVIDA VOCÊ PARA A
LEITURA DRAMÁTICA DA PEÇA
“ESTA NOITE É VERÃO NO INFERNO”
DE
JÚLIO CÉSAR CORRÊA
DIREÇÃO DE TOMIL GONÇALVES
EM CENA OS ATORES:
ELVIS ASSIS
ELVIS ASSIS
JANAÍNA NOËL
SHEILA AGUEDDIA
17 DE NOVEMBRO ÁS 21:30ESPAÇO CAFÉ CULTURALRua São Clemente, 409 – BotafogoEntrada grátis – Estacionamento em frente
8 Comments:
Geeeente, parece sinopse de filme, mesmo. Adorei a fala da personagem, nessa leitura vou tentar ir, pois estarei aqui no Rio.
Beijos, querido! Saudades!!! Boa semana!!
MM
ps: andei sumidinha porque estive viajando ;o)
Júlio, tem vezes que a realidade supera a ficção. Fico chocada com esses enganos que andam acontecendo. Dá para termos idéia como os nossos policiais são treinados. Cruzes!!!
Bjos.
Eu ouvi só o final dessa história na tv e não tinha entendido o que realmente tinha acontecido!
Muito triste isso e o pior é que pode voltar a acontecer não só no Rio, mas em qualquer lugar do Brasil.
Buenas.
Julião, se precisar de alguém para ler trechos da tua peça em Sampa, só me avisar que eu apareço. Faço questão de lhe conhecer quando tu der as caras na terra da garoa.
Seja em evento literário, seja para jogar conversa fora. Será um grande prazer.
Grande abraço do amigo distante.
Simplesmente inacreditável essa história. Triste também. Beijocas
E eu to sem palavras com esta tragedia,JULIO.
Que absurdo!!!
Abração!
Passei para deixar
*´¨)
¸.•´¸.•*´¨) ¸.•*¨)
(¸.•´ (¸.•`* Beijinhos
Lorca... "como pode um punhal tão pequeno matar um homem forte como um touro?" e uma bala, amigo? menor ainda...
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