segunda-feira, junho 19, 2006

Explode Coração!!!!!

Elis Regina - Atras da Porta - ao vivo



Em fins de 1980, Elis havia sido contratada pela Rede Globo para fazer o tradicional show de final de ano que emissora oferece como presente aos seus telespectadores. Ela estava se separando de César Camargo Mariano, o homem que a está acompanhando no piano. O público não sabia. Poucos sabiam. Assim como poucos sabiam também que Atrás da Porta havia sido composta pelo Chico e o Francis Hime especialmente para Elis, na época em que ela se separava do músico e compositor Ronaldo Boscoli, em 1971. O casamento com Boscoli havia sido problemático. A separação muito mais. Ele parecia não aceitar o crescimento profissional de Elis, enquanto a sua carreira não decolava, uma vez que ele continuava preso aos tempos de ouro da Bossa Nova, numa época em que a Bossa já estava morta e enterrada.
Elis sofreu ao se separar de Boscoli e sofreu muito mais ao separar de César. Só que nós (eu e os outros milhões que assistiam ao programa) não sabíamos. Por isso, não entedemos quando ela desatou a chorar. A direção do programa teve o feeling de não cortar - fugindo o padrão Globo de qualidade -, proporcionando um dos mais belos momentos da tv brasileira. E hoje, passados mais de 25 anos da exibição deste especial e quase 25 anos da morte de Elis, essas cenas continuam me emocionando tanto quanto naquela noite em que o Brasil inteiro se deleitou ao ver alguém chorar.

11 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Julião, minha mãe comprou um CD da Elis por causa de "Atrás da Porta". Eu tinha um do Chico Buarque cantando essa canção em Paris, mas ela queria a versão com a Elis. Um dia eu perguntei a ela o porquê disso, e ela: porque eu não me esqueço da Elis chorando no palco por causa da separação. É um momento que sempre carregarei em mim.
Interessante ler teu texto sobre isso. Vou mostrar para minha mãe um dia desses. =)
Aparece no MSN quando der um tempo para divagarmos sobre tudo.
Se cuida.
Abração.

terça-feira, junho 20, 2006 9:18:00 AM  
Blogger Palpiteira said...

Talento e desespero. Não acompanhei a carreira da Elis, mas só me lembro dela sofrendo, chorando, embora sua marca registrada fosse o sorriso.
Beijão, Júlio.

terça-feira, junho 20, 2006 10:13:00 AM  
Blogger Edilson Pantoja said...

Não assisti ao Especial, infelizmente.

terça-feira, junho 20, 2006 10:50:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

de cortar os pulsos. que intensidade. agora você deve um antídoto :) beijos!

terça-feira, junho 20, 2006 11:23:00 AM  
Blogger Lucinéia, para o íntimos said...

Oi, Julio! Eu tinha 7 anos na época e ainda hoje lembro desse programa que assisti junto com minha mãe, fã incondicional da Elis.
Eu também não sabia dessa informação, fiquei sabendo agora aqui pelo seu blog.
Dia desses vi pelo You Tube, ela cantando no festival de Montreux. Muito bom.
Beijo pra ti.

terça-feira, junho 20, 2006 12:57:00 PM  
Blogger EDUARDO OLIVEIRA FREIRE said...

Acho que pessoas intensas de mais tem uma tendência a morrer cedo.
Ela era uma cantora sensacional.
http://dudu.oliva.blog.uol.com.br

terça-feira, junho 20, 2006 2:17:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Que maravilhosa lembrança, que delicosa lágrima de saudade!
Lindo dia querido,
beijosssssssss

terça-feira, junho 20, 2006 5:44:00 PM  
Blogger Vera F. said...

Jùlio, aprendi a gostar de Elis quando ouvi pelo rádio o show dela o can tando o Trem azul. Apartir deste momento acompanhei a Pimentinha. Assisti esses especiais da Globo(porque ela não faz mais???) e realmente o da Elis foi o mais emocionante. Boa lembrança.

Respondendo a sua pergunta, gostei do filme apesar de ficar faltando muitas informações do livro que li e adorei. Mas já fui preparada porque sabia ser dificil ter tudo em apenas duas horas de filme.

Bjos.

terça-feira, junho 20, 2006 8:54:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Impressionante como um som, uma imagem, faz com que a memória, como um filme rodado para trás, retroceda no tempo. Momentos gloriosos aqueles, tanto da música, quanto da minha vida... Grata, amigo Julio pela oportunidade de reviver ambos, o momento da Elis e o meu próprio. Beijos

quarta-feira, junho 21, 2006 6:37:00 PM  
Blogger Jôka P. said...

Eu morava na França e ainda não falava francês direito.
Vi num jornaleiro, na capa do jornal Le Libération, a foto de Elis, nesse show, exatamente.
O título era : "L´´Etoile brésiliénne est morte."
Fiquei muito chocado e deprimido.
Naquele instante percebi o quanto estava longe do Brasil.

quarta-feira, junho 21, 2006 9:40:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Não tinha visto este video dela,JULIO.
Muito emocionante,sem duvida.
Daqueles momentos que devem ser muito bem lembrados.
Abraços!

quinta-feira, junho 22, 2006 11:23:00 AM  

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