O Brasil Que Nos Orgulha
Quem vive no Rio com certeza já ouviu falar deles. O AfroReggae começou como um grupo de amigos músicos que editava, sem a ajuda de ninguém, um jornalzinho para circular na favela de Vigário Geral, ainda abalada com a famosa chacina de agosto de 1993 . A publicação, além de falar do cotidiano do lugar, promovia grupos de funk e também de dança afro. O negócio foi crescendo lentamente e acabou atraindo a mídia. Com a ajuda de algumas personalidades e ONGs, o Afro se transformou, além de um famoso grupo musical, numa verdadeira instituição, que oferece cursos de informática, fornece assistência médica e comida, põe crianças nos bancos das salas escolares, além de, é claro, de ensinar música de graça.
Você acha que isso deveria ser mais divulgado? Pois já está sendo. Na última sexta-feira, 26, foi lançado em Nova Iorque o documentário Favela Rising, dos diretores americanos Jeff Zimbalist and Matt Mochary. E o lançamento foi notícia do Village Voice da última semana. Mergulhe aqui para ler a crítica ao filme no Village.
Achei este post oportuno porque daqui a alguns dias, todo o país estará torcendo para que os Ronaldinhos divulguem o Brasil e nos crie a ilusão de que somos uma nação digna de tata festa. Os Ronaldinhos ganham fortunas para fazer o que fazem. Enquanto gente como o pessoal do Afro faz muito mais pelo país, por muito menos.
Achei este post oportuno porque daqui a alguns dias, todo o país estará torcendo para que os Ronaldinhos divulguem o Brasil e nos crie a ilusão de que somos uma nação digna de tata festa. Os Ronaldinhos ganham fortunas para fazer o que fazem. Enquanto gente como o pessoal do Afro faz muito mais pelo país, por muito menos.
Não concorda? Mande bala!
Só pra lembrar.
11 Comments:
Graças ao bom DEUS o páis tem muito a oferecer,JULIO. Não só no futebol,nas novelas,na musica,ou em outros segmentos e atividades.
Claro que o futebol ,por despertar paixão,é muito mais divulgado,mas eu não vou entrar nesta "mesmice" de criticar os nossos "Ronaldinhos" por serem valorizados excessivamente.
Temos mais é que aplaudi-los sim,mas não permitir que eventuais conquistas sejam mau usadas por esta corja de oportunistas que temos no país.
Grande abraço!!
Júlio, é lindo o trabalho do AfroReggae e espero que cada vez mais eles consigam ajudar muito mais gente. Quanto aos Ronaldinhos ganharem excessivamente é discutível porque eles são pagos por empresas privadas e não por empresas públicas e ONGS. Porque Beckham que não joga tanto quanto os nossos, mas é bonitão podia ganhar mais que eles que saõ muito mais talentosos? Estrangeiro pode, brasileiro não. Discordo. Eles ganham muito mas ajudam muito tbm, inclusive as ONGS e as entidades filantroficas.
Uma coisa não inviabiliza a outra. Quero muito mais Ronaldinhos e muito mais AfroReggaes.
No cinema tbm estamos chegando lá.
Só que o futebol é paixão nacional e isso não dá para mudar!
Bjos.
Ainda prefiro que os garotos-propaganda sejam os Ronaldinhos do que a violência,droga,medo e a corja de políticos que só fazem sujar nosso nome no mundo.
Meu filho,como músico que é,foi professor voluntário em cursos oferecidos pelo grupo AfroReggae,hoje contando com renomados nomes dispostos a fazer crescer esse lado do RJ que muitos desconhecem.
Um grupo que merece destaque por seu trabalho de recuperação de jovens pelo modo digno.
Oportuna sua postagem.
lindo domingo meu querido,
beijossssssssss
Maridão vai bem, obrigada. Tou com vc nessa luta de controle de natalidade.
Sabe, Júlio, parece que ninguém quer fazer nada pelo Brasil, cada um só está interessado em fazer por si, porque parece ser o mais fácil. Sinceramente, acho que os Ronaldinhos não estão lá para divulgar o país, mas para encher seus bolsos de grana; não estão errados. Os brasileiros, tristes que estão, é que se empolgam com o futebol a ponto de esquecerem os reais problemas que os atingem cotidianamente. Acho que é isso: o brasileiro quer festa para esquecer a miséria. Deve ser isso.
Beijo. Bom final de domingo.
Divulgar cultura sem preconceitos sempre será bom.
SENSACIONAL JÚLIO,
ACHO QUE A MAIORIA SÓ PENSA NOS RONALDOS DA VIDA MESMO..."PRÁ FRENTE BRASIL"
BOA SEMANA
ABÇS
Pois é...
Este ano tende a ser de pouco caso em qualquer assunto além da Copa; exceto, é claro, que aconteça alguma nova chacina ou coisa parecida. Mesmo assim é capaz de ser noticiado brevemente e - não esqueçamos - durante o intervalo do tira-teima.
Talvez falte isso mesmo ao povo brasileiro - aquele que joga pelada no barro: TEIMOSIA!
aco que divulgar o Brasil e maneira saudavel e sempre bom
Julião, tem uma entrevista de um dos fundadores do AfroReggae na Trip de maio. Ou seria de abril? Sei lá, como eu sou assinante, me trouxe enorme felicidade saber que ainda existem pessoas que emergem da favela e conseguem dar voz à periferia brasileira sem precisar fazer uso da apologia ao crime. =)
Se cuida.
Abração.
Concordo plenamente, Julio!!!! Eu sempre digo que além de não gostar de futebol [risos] não entendo esses trocedores que choram e se descabelam enquanto os Ronaldinhos enchem os bolsos, rs*...
Beijos e boa semana,
MM
Ps: Desculpe-me pelo sumiço, querido, mas tive uma semana meio puxada!!!! Gosto muito dos seus textos.... ;0)
Acho que tanto a música quanto o esporte canalizam as energias da criança e do adolescente e também, uma opção de socialização. Principalmente na favela, que o jovem não encontrando emprego acaba por servir ao tráfico. Super válido o que eles fazem, é um trabalho de dentro pra fora. Eles estão ali sabendo da dimensão do problema.
Vi entrevista da Viviane Senna dizendo que a iniciativa privada deveria participar mais, contribuindo na melhora social e não deixar que só o governo tome providências.
Mas pra tudo isso tem um interesse e a ajuda é mútua! O Ronaldinho empresa terá toda a ajuda descontada no imposto de renda. Só não ajuda quem não quer mesmo!
Boa semana! Beijus
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