segunda-feira, janeiro 29, 2007

Mãe


A mãe desceu de manhã, quando estávamos desfazendo o cerco ao Morro da Providência. Miúda, sofrida, sob o sol do verão. Pequenas gotículas de suor brilhavam como purpurina em sua pele morena. Passava silenciosa e inofensiva por entre as equipes da CORE e do BOPE. Nenhum dos homens notou a presença dela. Porque ela não era para ser notada mesmo. Em sua sacola de magazine barato poderia haver drogas ou armas. Mas policiais de equipes especiais são ambiciosos e não havíamos acordado cedo e nos arriscado num morro perigoso apenas para prender uma velhinha que estava complementando sua aposentadoria, vendendo alguns bagulhos.

* texto postado em dezembro de 2005
Mais uma aventura do Lacerda, personagem principal do meu romance policial A Arte de Odiar, que será relançado no próximo mês. Aguardem!
Drogas e violência andam juntas e este conto está participando da blogagem coletiva contra violência, proposta pelo Lino Resende, pela passagem do dia da luta contra violência (30 de janeiro). Uma grande iniciativa que tem o meu apoio.
E acabou a moleza. A partir do próximo post, este blog volta ao normal.

20 Comments:

Anonymous Anônimo said...

A necessidade é a mãe da invenção, né meu amigo?

Intuição feminina? Perspicácia policial. Equivalentes em universos paralelos.

Abração.

sábado, janeiro 27, 2007 4:27:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Show,JULIO. Que texto,hem!!
Uma otima semana a vc
Grande abraço!

domingo, janeiro 28, 2007 12:33:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

oxente, como esse texto (muito bom, por sinal) pode ser de 29 de janeiro, se hj ainda é 28?

domingo, janeiro 28, 2007 6:57:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Vou querer esse livro. Já estou amando as histórias do Lacerda. Beijocas

domingo, janeiro 28, 2007 7:31:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Julio mas estamos deleitando com as aventuras.....
boa semana
abs

domingo, janeiro 28, 2007 8:40:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Júlio:
Muito boa esta história do Lacerda. Um cenário perfeito e um final mais que surpreendente dão um charme todo especial ao conto.

segunda-feira, janeiro 29, 2007 12:11:00 PM  
Blogger Julio Cesar Corrêa said...

Valeu, Lino. O Lacerda agradece.
gd ab

segunda-feira, janeiro 29, 2007 2:45:00 PM  
Blogger Duda Bandit said...

belo conto, cara. gostei da inversão anjo/demonio... o anjo mandando prender a velhinha e o demonio mandando deixar rolar...

tou de volta, mas meu blog ainda vai ficar umas duas semaninhas repousando...
tiver novidade eu passo aqui.

valeu, JCC!

aquele abraço!

segunda-feira, janeiro 29, 2007 3:03:00 PM  
Blogger Julio Cesar Corrêa said...

Valeu, Duda
Tamujuntusemisturadus
gd ab

segunda-feira, janeiro 29, 2007 3:21:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Já está linkado companheiro!
Parabéns pelo texto.

segunda-feira, janeiro 29, 2007 5:15:00 PM  
Blogger Julio Cesar Corrêa said...

Valeu, Alexandre
obrigado pela força
grande abraço

segunda-feira, janeiro 29, 2007 7:43:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Eu não consegui salvar o meu...
abraço, garoto

segunda-feira, janeiro 29, 2007 8:37:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Como uma mulherzinha boba e tricoteira, fiquei com aperto no peito.

Também tô na blogagem do Lino.

segunda-feira, janeiro 29, 2007 10:35:00 PM  
Blogger Vivien Morgato : said...

Gostei do texto. Vou comprar, autografado, lógico.;0)

terça-feira, janeiro 30, 2007 6:40:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

GOSTARIA DE SABER SE ESSE LIVRO SERÁ VENDIDO EM SÃO PAULO TAMBÉM, POIS PRETENDO COMPRAR CONCERTEZA!

terça-feira, janeiro 30, 2007 7:59:00 PM  
Blogger Julio Cesar Corrêa said...

Bem, anônimo. Fique ligado, pois nos próximos post vou dar mais detalhes.
abração

terça-feira, janeiro 30, 2007 8:03:00 PM  
Blogger Jéssica said...

Boa noite, Julio!

Por favor anota o meu novo blog:

http://umlugargostoso.blogspot.com

Conto com você!

Obrigada, beijos*.*

quarta-feira, janeiro 31, 2007 1:13:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Gostei muito do seu blog, vou vir sempre.
Beijos

quarta-feira, janeiro 31, 2007 9:38:00 AM  
Blogger Julio Cesar Corrêa said...

Volte sempre, Ursula.
bjs

quarta-feira, janeiro 31, 2007 10:29:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Júlio:
Estou voltando para agradecer sua participação. E reafirmar a excelência do texto e da história do Lacerda, que tem tudo a ver com o assunto discutido.

quarta-feira, janeiro 31, 2007 4:12:00 PM  

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