domingo, outubro 23, 2005

Nasceu!!!!!!....


...Meu livro. A Arte de Odiar. Um menino. 14 x 21. A cara do pai.







O chá de bebê foi na Dantes, do Odeon-Br, no último sábado, 22, em meio a mais um evento do Bagatelas, que este mês homenageou o saudoso Julio Cortázar. E mais uma vez o a turma do Bagatelas.net, liderados pelo Raphael Vidal, não fez feio. Com a informalidade, que é a marca registrada do grupo, tudo ocorreu no mesmo clima de bate papo de sempre, sem a frieza das rodas de leitura ou dos chamados "encontros com o autor", em que a platéia ouve muito e, raramente pode intervir. Mais uma vez o Bagatelas confirmou o seu estilo inovador, trazendo o público para o centro da discussão, que foi liderada por Dodô Azevedo, que durante o dia é um pacato professor de literatura e á noite comanda a festa Pessoas do Século Passado, nas Laranjeiras. A única visita inesperada - e indesejada - foi a da chuva, afastando um pouco o público. Mas nada que estragasse a festa. Foram discutidos e lidos trechos de trabalhos de Cortázar, sobretudo o famoso romance Jogo de Amarelinhas. O seu namoro como o bebop, os aspectos inusitados da sua literatura fantástica e o seu engajamento político também foram comentados, assim como a sua influência sobre gerações de escritores. Mais uma vez, um golaço do Bagatelas, grupo do qual me orgulho estar fazendo parte, com uma coluna toda sexta-feira, que leva o nome deste blog (http://balaperdida.bagatelas.net/). Parabéns à Dantes e a todos que participaram.
E fiquei tão facinado com o Encontro Bagatelas sobre Cortázar, que tirei da gaveta, um pequeno conto, meio fantástico, com o qual ganhei uma menção honrosa em um concurso, em 1995.
E por falar em encontros literários fora do padrão...

A mítica livraria City Lights na época do movimento beat.
“Eu vi os expoentes
da minha geração
destruídos pela
loucura,
morrendo de fome,
histéricos, nus,
arrastando-se pelas ruas do bairro negro
de madrugada
em busca de uma dose violenta de qualquer coisa.”


Trecho de Uivo, poema de Allen Ginsberg. Título do livro, cuja a capa está aqui embaixo.




Numa noite fria de outono, no final de 1955, um grupo de poetas e escritores estavam reunidos para uma espécie de sarau na livraria City Lights, no centro de São Francisco. Então, o novaiorquino Allen Ginsberg, que já estava algum tempo na cidade e era habitué do local, pediu licença para ler seu incendiário poema. O que se viu depois, já virou lenda. De certo, o movimento beat não nasceu ali, mas Uivo virou o seu panfleto e o romance On The Road, de Jack Kerouak, a sua bíblia. Pouco depois, Ginsberg e sua turma beatikin iniciaria suas primeiras experiências com o ácido e suas viagens espirituais, que seriam as sementes que dariam as flores do movimento de contra-cultura dos anos 60.
Ginsberg faleceu em 1997. Praticamente toda a sua turma beat também. Mas a City Lights ainda está lá - se ficasse no Brasil, certamente já teria vindo a baixo - impávida, com poster, fotos, livros autografados e outras lembranças daqueles tempos e daquela noite, há 50 anos, que entrou para a história.




Vitrine atual da City Lights, que ainda atrai poetas e escritores de todo o mundo, interessados em respirar um pouco atmosfera libertária de 50 anos atrás.

Houve um revival de saraus, poesias e encontros literários nos EUA, a partir dos anos 90. Principalmente com o boom da internet, blogs, etc. A geração beat voltou a ser cultuada, após a morte de seus líderes. A foto acima é de um desses saraus que rolam todo mês, justamente na City Lights, em San Francisco, que foi onde tudo começou e onde os 50 anos de Uivo, certamente não passarão em branco.

9 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Canastrão de camisa azul pode aparecer divulgando livros? No mínimo, esse tolo está bêbado.

terça-feira, outubro 25, 2005 1:09:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

To na página 91...

terça-feira, outubro 25, 2005 8:30:00 AM  
Blogger Julio Cesar Corrêa said...

Guilherme, vc precisava ver a cara do pessoal quando saímos para comemorar...ehehehe
um ab


Valeu, Vidal
Espero que vc esteja gostando
ab


Mariah, obrigado pela visita. Engraçado, no livro tem uma mulher com um nome parecido com o seu. É Mayrah.
bjs

terça-feira, outubro 25, 2005 7:47:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

eu achei que as ftoos não ficaram tão boas, mas a emoção é que vale.
;-)

quarta-feira, outubro 26, 2005 11:33:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

*fotos

quarta-feira, outubro 26, 2005 11:34:00 AM  
Blogger Jôka P. said...

JULIO !!!
que chique, hein !!!
Bacanérrimo lançar um livro !
Vai ser um sucesso com certeza !
PARABÉNS !!!
Super boa sorte e M#rd@ !!!
Abçs,
JÔKA P.
:)

quarta-feira, outubro 26, 2005 1:30:00 PM  
Blogger franka said...

nossa, parabéns!
que máximo!

quarta-feira, outubro 26, 2005 6:52:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Eu não apareci na foto, mas também já tenho o meu exemplar — que em breve começará a ser lido.

Abraço.

quarta-feira, outubro 26, 2005 9:00:00 PM  
Blogger Julio Cesar Corrêa said...

Liana, com certeza
bjs

Lucia e Jôka, muito obrigado. Nem eu estou me agüentando de tão nojento. eheheheheh
gd ab


Wagner, com certeza. Espero que vc goste
gd ab

quarta-feira, outubro 26, 2005 9:09:00 PM  

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