Não vou encher o saco de vocês, fazendo balanço de 2007. Se foi ou não foi bom para mim, acho que que não é de interesse de ninguém.
Mas um dos fatos mais chatos ocorridos no ano que acabou de acabar foi que roubaram a minha bike. A minha pretinha.
Quem freqüenta este blog há mais tempo sabe da minha paixão por pedaladas. E deve imaginar como me senti ao ver aquele poste vazio, onde antes a minha pretinha estava presa a minha espera.
No dia seguinte, comprei outra pretinha. Esta aí de cima, fazendo pose para ser fotografada. Para testá-la, acordei cheio de gás ontem, primeiro do ano, e subi ao Mirante Dona Marta.
2008 amanheceu meio esquisito, nevoento, abafado. O Mirante estava vazio, nem sombra de turistas. E pude aproveitar melhor a vista. Pode parecer clichê, mas era como se a cidade fosse só minha.
A minha nova pretinha passou no teste, se comportou bem. Mas não subustuirá jamais a falecida, companheira de tantas aventuras...
Espero que estejam tratando da minha pretinha com o mesmo carinho com que sempre a tratei.
E o passeio ainda teve direito a uma parada no Largo do Boticário, no Cosme Velho. Pequeno paraíso arquitetônico com chão de pé-de-moleque e ar de cidade histórica mineira, no coração da zona sul.
2008 começou...suado.
"Mas toda essa choradeira é para falar de qual filme, porra?!", você me pergunta...
O olhar desolado do trabalhador após perder sua bike, no clássico de Victorio de Cicca, Ladrão de Bicicletas, de 1948. Foi nele que pensei quando vi aquele poste vazio. Embora o motivo da desolação fosse totalmente diferente. O italiano por ter precisar da bike para sobreviver; eu por ser um materialista chato e piegas que enche o saco de vocês por ter perdido uma bike. A vida continua!
Mas que desse filme eu não queria ser personagem, isso é verdade.
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