quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Uma tarde com Woody


Emily Mortimer, Woody Allen, Jonathan Rhys-Meyers and Scarlett Johansson. Badalação no Festival de Cannes do ano passado.




Pode parecer preconceito, mas poucos diretores me fazem sair de casa para ir ao cinema atualmente. Um deles é Woody Allen. O Ponto Final - Match Point, que estreiou na última sexta aqui no Rio, é o filme mais badalado do novaiorquino neurótico desde Desconstruindo Harry.
E corri para assisti-lo na tarde de ontem. E a minha pressa foi recompensada. Match Point é um filme diferente dos que o diretor tem feito ultimamente, não só por ser um drama ou por ter sido todo rodado em Londres. Mas pela praticidade e agilidade do roteiro. Não que seja excessivamente comercial, vulgar, barato. É um filme simples, que trata de assuntos nada originais (desejo, traição, brincadeiras do destino, cobiça e triângulos amorosos), mas sempre com competência e clareza. Nada de discursões filosóficas, questionamentos profundos e debates psicológicos. A história é contada de forma esperta, rápida, honesta, sem errar a fórmula que o tornou famoso.
Quanto aos atores, todos estão bem. Embora eu ache que Scarlett Johansson não tenha uma beleza capaz de fazer um jovem ambicioso trair a mulher com quem se casou por interesse.
A cidade de Londres acaba sendo uma coadjuavante. Assim como cansou de fazer com Manhattans em seus filmes, Woody não economizou afeto ao mostrar a capital inglesa com suas ruas limpas, largas calçadas desocupadas, verdes jardins, prédios históricos conservados. E mais museus, galerias de arte, lindos teatros, restaurantes sofisticados e clubes caros.
Mas o personagem principal é o roteiro escrito pelo próprio Woody. Ágil e criativamente, a história tem momentos de drama, suspense e a comédia típica do diretor (o final com os policiais trapalhões já vale o ingresso). E mais: cheio de momentos de gloriosa inspiração, como a cena inicial, comparando a vida com o match point dos jogos de tênis.
Apesar do sucesso no último festival de Cannes, os críticas têm se mostrado divididos. Vai entender a crítica! Pois eu faço a minha: Imperdível!





" Parece que Deus é mais eficiente com alguns.
Deus não é tão perfeito. A gente tem sempre que dar uma ajudinha.
Eu não dei ajudinha nenhuma.
Pense bem. A gente sempre fornece as ferramentas para que Deus construa o nosso destino."

Trecho de A Alma Quando Sonha É Teatro – peca de Marcio Vianna, 1994.


"Querida! Você sabia que o Lacerda não está mais no Bala Perdida? Pois é. Ele agora está atendendo no A Arte de Odiar.. E está óóóóóóóóóóóóóótimo! Vai lá!"

19 Comments:

Anonymous Anônimo said...

A verdade é que a chamada crítica pouco ,ou nada,me acrescenta,JULIO. Prefiro mil vezes a sua opinião.
Obrigado pelas palavras.
Grande abraço!!

quinta-feira, fevereiro 23, 2006 3:08:00 PM  
Blogger Julio Cesar Corrêa said...

Valeu, Do
E que vc saia logo deste período barra pesada. Mande bala na tristeza.
gd ab

quinta-feira, fevereiro 23, 2006 3:11:00 PM  
Blogger Vera F. said...

Júlio, incrível mas até agora eu só tinha lido críticas favoráveis ao filme. Apesar que eu não vou pela crítica. Vou pelo diretor pelos atores ou pela história e ponto final. Se gostei ou não é problema meu. Não sou apaixonada pelo Woody Allen, mas gosto de alguns de seus filmes.
Esse com certeza vou queres ver.
Bom descanso. Até a volta!
Bjos.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006 4:57:00 PM  
Blogger Julio Cesar Corrêa said...

Realmente está cada vez mais difícil confiar nos críticos, Vera. Mas este filme vc devia assistir. Achei mto interssante
bjs e ot carnaval

quinta-feira, fevereiro 23, 2006 5:01:00 PM  
Blogger Caíla said...

Bom, Woody é controvertido pra caramba. Mas tems empre que ver até para poder falar a respeito... Beijos,q uerido

quinta-feira, fevereiro 23, 2006 5:30:00 PM  
Blogger Marcus said...

Gosto dos filmes dele e, estou atrasado! Não vi Desconstruindo Harry, e outros.

Quanto ao Márcio Vianna, vi e revi 1984 e O livro dos cegos. Gostava muito do trabalho dele no teatro. O livro dos cegos foi sensacional, com a peça toda feita na escuridão, os atores treinados andando no meio do público, que ficava sentado. Sentíamos cheiros, ouvíamos vozes e sons. Era uma estória de cegos. Sentíamos o mundo dos cegos. Fantástica.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006 5:49:00 PM  
Blogger Marcus said...

Ah, sim, e bem vindo à lista de links do canoa.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006 5:49:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Júlio, com essa comilança de bolo hoje, anotei na agenda para ver o filme neste fim de semana, mas sem pipoca, só com coca diet.

Abraço

quinta-feira, fevereiro 23, 2006 8:44:00 PM  
Blogger Marcus said...

Ôpsss... errata:

Citei errado o nome da peça do Vianna. O nome correto era 1999 e não 1984. Acabei confundindo com o livro de George Orwell!

quinta-feira, fevereiro 23, 2006 9:40:00 PM  
Blogger Flavia said...

Faz muito tempo que nem vu ao cinema assistir filme hehehe

bjs

sexta-feira, fevereiro 24, 2006 9:01:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Irei assistir amanha.
Adoro o humor dele.
abs

sexta-feira, fevereiro 24, 2006 1:36:00 PM  
Blogger Julio Cesar Corrêa said...

Caíla, este do Woody é diferente e imperdível. Vale a pena ser visto.
bj

Valeu, Marcus
o Marco é muito bom.

Milton e Chico
vcs não perderão a viagem
gd ab

Flavinha,
obrigado pela visita
bj

sexta-feira, fevereiro 24, 2006 4:51:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Tem razão, Julio. Imperdível. Um Woody Allen diferente mas com um roteiro primoroso. E ele está começando a fazer com Londres (onde agora reside) o que fez com Manhattan. Um belo filme.

sábado, fevereiro 25, 2006 11:30:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Tem razão, Julio. Imperdível. Um Woody Allen diferente mas com um roteiro primoroso. E ele está começando a fazer com Londres (onde agora reside) o que fez com Manhattan. Um belo filme.

sábado, fevereiro 25, 2006 11:30:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Tem razão, Julio. Imperdível. Um Woody Allen diferente mas com um roteiro primoroso. E ele está começando a fazer com Londres (onde agora reside) o que fez com Manhattan. Um belo filme.

sábado, fevereiro 25, 2006 11:30:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Tem razão, Julio. Imperdível. Um Woody Allen diferente mas com um roteiro primoroso. E ele está começando a fazer com Londres (onde agora reside) o que fez com Manhattan. Um belo filme.

sábado, fevereiro 25, 2006 11:30:00 AM  
Blogger Luma Rosa said...

Estou no atraso com a telona e com outras cositas más. Esse filme já estava na minha mira, li e vi alguma coisa sobre ele, favoráveis e desfavoráveis e agora com o seu aval, deu mais vontade! Beijus

sábado, fevereiro 25, 2006 12:02:00 PM  
Blogger Julio Cesar Corrêa said...

Anna,
embora esteja longe do Woody do passado, é sem dúvidas o melhor dele em anos.
bj

sábado, fevereiro 25, 2006 6:21:00 PM  
Blogger Julio Cesar Corrêa said...

Luma,
vc não perderá a viagem.
bjus

sábado, fevereiro 25, 2006 6:21:00 PM  

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