segunda-feira, janeiro 09, 2006

Sua opinião é importante, meu caro visitante...


Deu no Jornal do Brasil, no último sábado que a indústria fonográfica norte-americana amargou, em 2005, mais um ano de queda nas vendas de álbuns. Entenda-se por álbum, CDs, fitas K7, discos de vinil e lançamentos digitais do gênero. Foi o pior desempenho desde 1996. Foram comercializados cerca de 618 milhões de cópias, uma queda de 7,2% em relação a 2004. As causas pelo mau desempenho, seriam os downloads ilegais de músicas, a falta de lançamentos de impacto e novas formas de entretenimento, como o videogame.
O dado interessante é que mesmo assim, o mercado fonográfico não teve prejuízo. O salvador da pátria foram os downloads pagos de faixas. É mais vantajoso você baixar as faixas que você gosta do que comprar o CD inteiro.
Essa prática não é nova. Na minha época eram as fitas k7. Os fãs menos exigentes se contentavam em gravar a música que as rádios recebiam jabá pra tocar no rádio. Outros, como eu, queriam sempre o lado B. E aí, comprávamos o disco. O que me parece que está acontecendo agora é que os álbuns estão saindo com tão poucas faixas interessantes, que realmente é mais negócio baixar faixa por faixa.
No último post eu dei um exemplo de trabalho que fez milhões correrem as lojas de discos para comprá-lo, o álbum Tapestry, da Carole King. Se tivesse sido lançado atualmente, o fã teria que comprar o CD, já que teria prejuízo se fosse baixar todas as faixas. A própria industria, ao disponibilizar os downloads pagos, mostrou que está consciente do problema. Então, NA MINHA OPINIÃO, a solução é mais difícil do que parece, pois passa rigorosamente pela melhoria na qualidade dos atuais trabalhos. Há muitos anos que não é lançado um CD que me faça ficar angustiado para tê-lo, como antigamente.
E você? O que acha?

12 Comments:

Blogger Alba Regina said...

Oi JC! No nosso tempo o grande lance era mesmo gravar as tais fitas k7. até mesmo pq era legal, às vezes rolava uma reunião de amigos o clima era outro. atualmente devo admitir baixo muitas músicas direto nestes programas de download...tem sido mais fácil e barato do q encontrar meus antigos discos de vinil...algumas músicas da carole king só pagando mesmo; mas custam$1.00, sei lá! de qualquer forma, não tem o mesmo charme das gravações de k7 e tudo oq rolava...novos tempos! um beijo!

segunda-feira, janeiro 09, 2006 7:06:00 PM  
Blogger Luma Rosa said...

A indústria fonográfica teve que se ajustar aos novos tempos. A fusão da Sony com a BMG foi um marco para atrair investimentos e driblar a pirataria; mesmo assim a Sony-BMG fizeram uma coisa feia e amargaram numa multa altíssima por prática de jabá nos EUA. Lá é crime e por aqui transita o projeto de lei 1.048/2003 do deputado Fernando Ferro (PT-PE), que prevê a criminalização do jabá.
Quanto a ganhar dinheiro com gravadora, pedi pra um amigo vir aqui lhe explicar...
Beijus

segunda-feira, janeiro 09, 2006 7:43:00 PM  
Blogger Julio Cesar Corrêa said...

Realmente A., as fitinhas k7 tinham o seu charme. Tb gosto do som dos CDs. Só espero que a qualidade musical melhore.
bjs e obrigado pela visita

Luma,
o jabá é mais antigo do que nós. A qualidade musical das rádios vem caindo consideravelmente. É tudo muito triste. Espero que o Fernando Ferro consiga dar um jeito nisso. Obrigado pelas informações
mts bjus

segunda-feira, janeiro 09, 2006 8:48:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Sinceramente, não sei o que dizer sobre isso. Nunca na vida eu quis um disco, fosse de quem fosse. Gosto de música, mas não a esse ponto.
Beijo

segunda-feira, janeiro 09, 2006 9:59:00 PM  
Blogger Julio Cesar Corrêa said...

Nem um cdzinho de amigo oculto? Nada? Então, tá. Tb hj em dia vc não está perdendo muito.
bj

segunda-feira, janeiro 09, 2006 10:21:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Olá Julio,

Com o advento do cd muita gente correu atrás do que tinha em vinil para repor em cd. Assim as vendas de cds somavam os lançamentos aos de reedições de discos antigos. Muitos cds vendidos claro. Assim a marca de vendas sempre foi muito alta. mas uma marca flutuante claro.
Outra coisa: cds piratas ( mais especificamnte no Brasil mas nos EUA tb) roubam mercado. Parte dos possíveis compradores migou para o comérico iliegal.
Baixar músicas pela internet gratuitamente tb é uma concorrência desleal. Isso mas no caso do Brasil já que nos EUA a guerra contra isso está acirrada. pennsando no Brasil porque alguém vai pagar por uma faixa se pode baixar ela de graça?
No entento diferentemente do EUA na Inglaterra a venda de cds não baixou. ha pouco tempo atrás foi até divulgado que teve venda recorde. Estrnaho isso não?
Não podemos deixar tb de chmar atenção para as muitas mídias de diversão que surgiram e que levam a grana da mesada da molecada que tempos atrás estaria gastando com cd.
Mas se vc me perguntar se acho que o cd vai acabar, vou dizer pra vc que não. Quer dizer pode ate'mudar a mídia. Digo; pode não ser mais cd mas vai ter outro tipo de mídia que vai armazenar o disco.
No Brasil então que a internet não está nem perto de cobrir todo mundo. o cd vai existir por muito tempo.
Eu adoro discos (sejam vinis ou cds). Compro ainda bastante.
Outra coisa; não acho que falata música boa. Acho que a música continua muito boa. Não tenho sentimentos nostálgicos com relação a música. No último ano comprei pelo menos 5 cds que me fizeram arrepiar. Fora os que me divertiram bastante.

terça-feira, janeiro 10, 2006 10:35:00 AM  
Blogger Julio Cesar Corrêa said...

Oi, Henrique
obrigado pelo comentário muito esclarecedor. Gostei muito. Também acho que o cd não vai acabar. Porém, reafirmo que a qualidade musical anda mesmo em baixa. Nos EUA as próprias gravadoras reconhecem isso. Em parte, isso se dá por força da pressão que as gravadoras fazem sobre os artistas, sobretudo os novos. Praticamente, quem não emplaca, não volta a gravar. Isso faz com que os iniciantes fiquem numa angústia muito grande para vender milhões. O resultado é trabalhos pouco originais, que não surpreendam e nem emocionam. Não estou falando de um novo Thriller, mas algo que cause impacto. Talvez eu seja nostálgico, pois vivi uma época em que a gente aguardava ansiosamente pelo próximo Lp do Steve Wonder, dos Wings, dos Stones, do Floyd, enfim. Hoje, eu não sinto mais isso. Quanto a pirataria no Brasil, é uma vergonha. Nunca comprei nada pirata, embora admita que o cd custe caro aqui. Também sou contra o download ilegal, pois prejudica o artista. Mas muitos fãs ficam sem poder ter o cd de seus artistas preferidos porque simplesmente eles não são lançados em cd, principalmente no Brasil. Os casos da Elis e do Ivan Lins são os mais famosos. O que se lança são coletâneas ou caríssimas caixas com todos os dicos do artista, mas que poucos podem comprar. Enfim, não acredito no fim do cd, mas se as gravadoras não fizerem algo, as vendas vão continuar abaixo do esperado.

terça-feira, janeiro 10, 2006 3:45:00 PM  
Blogger Luma Rosa said...

Aí que delícia!! O Henrique veio...rs.
Júlio, vai lá conhecer o blogue dele! Beijus

terça-feira, janeiro 10, 2006 3:52:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Não sabia disso.
to fora de orbita.
abs

terça-feira, janeiro 10, 2006 4:46:00 PM  
Blogger Julio Cesar Corrêa said...

Luma, o Henrique veio e abalou. Me encheu de imormações. Obrigado por trazê-lo até aqui.
Vou lá tomar um café daqui a pouco
bjs

Chico,
se oriente, rapaz
gd ab

terça-feira, janeiro 10, 2006 6:09:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Julio:
copiar CD é ilegal, queira-se ou não. Hoje em dia está em voga relativizar tudo. A gente se queixa do mensalão e da caixa dois e no entanto o cidadão comum faz caixa dois sem parar: médicos que tem um preço com recibo e sem recibo, pessoas que não declaram o que ganham, pessoas que ainda não têm 60 anos (mas que tem o aspecto de) compram meia entrada em cinemas, copiam CD, copiam softwares e que mais sei eu! Isto, espantosamente, não é considerado desonestidade. Na verdade em todos estes casas é roubo. Mas inexplicavelmente rotula-se de honesto quando o roubo é de pequena monta. Trabalhei anos, como analista, nos sistemas da Receita. Não estou defendendo os critério de taxação do Imposto de Renda mas você sabia que se não houvesse a sonegação de profissionais liberais (praticamente todos que são autônomos com honrosas exceções)as aliquotas do imposto seriam reduzidas. Só paga imposto de renda quem não pode sonegar! Claro que mudanças são necessáris no IR taxando-se duramente a riqueza e menos o rendimento do trabalho do empregado. Mas o que se vê aqui é espantoso. Só quem tem carteira assinada paga e porque não tem outro jeito.
Desculpe o comentário tão longo mas me espanta a indignação com o caixa dois de grande vulto quando grande parte das pessoas o fazem há anos.
Anna Maria

quarta-feira, janeiro 11, 2006 10:35:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Julio estou cansada de aparecer sempre como Anônimo. Estou tentando me cadastrar de alguma forma. Vamos ver se agora dá certo.

quarta-feira, janeiro 11, 2006 12:40:00 PM  

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