Tennessee Williams
"O silêncio é o mais eloqüente arauto da alegria. Pequena seria a minha felicidade se eu pudesse dizer o quanto ela é grande."
Shakespeare, Muito barulho por nada, Ato ii, Cena I, Cláudio
Infelizmente, o excelente blog Primado do Opinante, do querido Guilherme, parece que saiu de cena. Em um dos seus últimos post, ele colocou um lindo texto sobre a verdadeira alegria, que tinha o seguinte trecho:
"...o próprio Fernando Pessoa escreveu: "Ah! A imensa felicidade de não precisar estar alegre..." Existe uma perturbação psicológica ainda não identificada como doença. Ela aparece num tipo a que dei o nome de "o alegrinho". O alegrinho é aquela pessoa que está, o tempo todo, esbanjando alegria, dizendo coisas engraçadas e querendo que os outros riam. Ele é um flagelo. Perto dele, ninguém tem a liberdade de estar triste. Perto dele todo mundo precisa estar alegre.Ele não consegue estar triste, o alegrinho não consegue ouvir a beleza dos noturnos do músico francês Frédéric Chopin (1810-1849) nem sentir as sutilezas da poesia da portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004) nem gozar o silêncio do crepúsculo. Porque ele está sempre alegrinho, ele não consegue sentir compaixão. Compaixão é sentir a tristeza de um outro."
E o poetinha partiu há 25 anos
A Felicidade
Composição: Tom Jobim/Vinicius de Moraes
Tristeza não tem fim Felicidade, sim...
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar...
A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento do sonho
Pra fazer a fantasia de rei, ou pirata, ou jardineira
E tudo se acabar na quarta-feira
Tristeza não tem fim Felicidade, sim...
A felicidade é como a gota de orvalho
Numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor
A minha felicidade está brilhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite
Passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo por favor
Pra que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos do amor
Tristeza nao tem fim
Felicidade, sim...
Cazuza, há 15.
Cumplice (que por sinal, também é ótima para se ouvir pedalando)
Composição: Cazuza / Zé Luis
Hoje eu acordei querendo encrenca
Escrevi teu nome no ar
Bati três vezes na madeira
Senti você me chamar
Na verdade uma carta em braile
Me deu uma certeza cega
Você estava de volta ao bairro
Em alguma esquina à minha espera
Meu amor, meu cúmplice
Eu sempre vou te achar
Nos avisos da luaDo outro lado da rua
Rodei todas as lanchonetes
Tive idéias perversas
Relembrei tantos golpes espertos
Você cada vez mais perto
Meu amor, meu cúmplice
Meu par na contramão
Você não mudou em nada (nada, nada, nada)
Eu também não, que bom!
5 Comments:
oi julio.
linda a frase do tenesse williams.
o mesmo vale para os blogs.
tb acho. E pra nós que gostamos e escrevemos para teatro é sempre bom ler algo do Tennessee.
bjs
Julio,
o blog do Guilherme fez PUFF !!!
Já não é o primeiro dele em que acontece isso.
A qualquer hora ele volta.
AH !
Queria convidar você pra vir conhecer uma nova amiga blogueira.
Ela é hilária e é nossa amiga.
Acho que vai curtir.
Um grande abraço,
JÔKA P.
"Ninguém vale nada enquanto não foi amado."
Será que serve amor-próprio?
Em todo caso, se isso for mesmo verdade, deve ser por esse motivo que tem tanta gente que não vale coisa alguma.
Mas tenho minhas dúvidas...
Abraço.
Wagner, o amor-próprio é o principal requisito para que o outro tipo de amor venha.
gd ab
Jôka, tô com saudade do Guilherme. E já vou lá no site da mais nova blgueira.
gd ab
Postar um comentário
<< Home