UM POST DE VIDA FÁCIL
Mas onde entram as putas?
É que eu fiquei tão excitado com a redescoberta destes contos, que resolvi homenageá-las. E serão elas que vão disparar balas neste post. Ou melhor, eis algumas balas sobre as profissionais mais antigas do planeta:
Geni, a vagaba que literalmente deu errado, da peça Toda Nudez Será Castigada, do Nelson, gritava isso, para ódio das feministas de plantão.
“Você pensa que os homens se abrem com quem? Com Deus? Eles se abrem mesmo é com as putas. Certas coisas não se fala nem pra Deus. E pra alguns, Deus nunca tem tempo. Gente perdedora que nem eu e você. Nós, que já subimos no ringue, usando luvas de veludo, pra enfrentar adversários com luvas de chumbo.”
Odete Escarlate, na minha peça Esta Noite É Verão no Inferno
“Toda mulher se vende pelo menos uma vez ao dia.”
A PUTA DE LUXO: - E você sabe com quantos animais eu tive que trepar para conseguir este casaco?
Diálogo de uma comédia americana, da qual não me recordo o nome, no início dos anos 90.
Em setembro de 1967, estreiava no Teatro Maria Della Costa, em São Paulo, Navalha na Carne, do Plínio Marcos. A primeira foto é da montagem carioca, que estreiaria um mês depois, com Tônia Carrero, Nelson Xavier e Emiliano Queiroz, com direção de Fauzi Arap. Em 1970, entrava em cartaz, a versão cinematográfica desta obra prima, com o mesmo Emiliano Queiroz, o Jece Valadão, Glauce Rocha e Carlos Kroebe, sob direção de Braz Chediak. E é desse texto a última bala:
“Será que isso é vida? Será que viver é isso, a gente se agredindo, infernizando uns aos outros? As vezes eu me pergunto se nós somos gente. Será que somos gente?”
Norma Sueli, a puta cansada de guerra do Navalha...
E qual o motivo de toda esta putaria?
Porque o primeiro conto que encontrei no tal disquete é sobre essas moiçoilas que dizem sim...
O TRADUTOR DA VIDA
Rio, novembro de 1969
SETEMBRO IRADO
A galera do circuito literário alternativo carioca não pode reclamar de falta de programas este mês. Amanhã, tem Sarau de Santa, na Livraria Largo das Letras. Eu estarei lá metendo bala, ou balinhas, já que a proposta é contos com até 300 toques. No outro sábado, será a vez do Encontro Bagatelas, na Dantes. Isso tudo já foi anunciado aqui, mas não custa lembrar. E o mês deve terminar em grande estilo com a Primavera dos Livros. Mas isto é papo pra mais tarde.
6 Comments:
Eu gostei muito de "O TRADUTOR DA VIDA", sobretudo do desfecho.
No fim das contas, Jurandir acabou fazendo (ainda que por vias tortas) um grande favor à Jussara — mesmo que ela jamais o tenha sabido.
Gostei bastante, Julio.
fala júlio!
e as fotos do sarau, como ficaram?
gostei da coletaneas das frases das putas.
engraçado.
belo blog, julio.
adoro blog de quem escreve e coloca tudo que vem a cabeça.
além disso, você fala de teatro, que eu adoro.
e além além disso, a frase abaixo do nome do teu blog é genial.
beijo.
Julio querido,
estava procurando o link do comentário!Depois fui perceber que o post era grande mesmo! hahahaha Acho que acertei, né ,onde comentar? Espero!
Adorei o conto, viu.
Mas não sossegarei com a coroação da amdrinha do blog! hahaha
Um abraço!!
E mais!
Meu blog, o blog da madrinha, nem na lista está...deprimento caro Watson!
Outro abraço!
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