Tamanho Não é Documento
Conhecer ou visitar o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses na época certa (junho/julho) é tudo de bom. Ainda é uma delícia mergulhar nas lagoas (foto junho 2022) nos arredores de Santo Amaro, que é o filé mingnon do Parque.
A última vez em que estive ali havia sido em 2015. Fiquei surpreso ao ver agora o quanto a cidade havia crescido e, consequentemente, perdido o que ela tinha de melhor: o seu charme rural rústico e bucólico. Eu costumava dizer que ali a natureza explodia na sua cara da forma mais simples e autêntica, encantando os que moram nas metrópoles, como eu.
Mas, nessa mesma viagem, fui conhecer um lugar, não muito distante, que ainda guarda o charme rural que havia me fascinado há sete anos, em Santo Amaro.Os chamados Pequenos Lençóis são uma espécie de anexo do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, situado entre os municípios de Paulinho Neves e Tutóia, há cerca de uma hora da chamada Capital dos Lençóis, a cidade de Barreirinhas.
Mas não se iluda. Apesar do nome, o local ocupa uma área extensa, não tão grande como a do parque principal, mas igualmente bonita.Tamanho ali, definitivamente não é documento. E os Pequenos Lençóis, no quesito beleza, são gigantes.
O grande diferencial da região é a vegetação abundante, que compõe junto com as dunas e lagoas, um cenário muito lindo.Há também vários trechos de mangues, que só aumentam a beleza da região.
As lagoas do lugar não são grandes como as de Santo Amaro e não contam com um lençol freático que as mantenha durante alguns meses. Elas começam a secar rapidamente, assim que estação das chuvas acaba.
O pessoal do kite surfe já descobriu o lugar e algumas pousadas passaram a abrir junto à Ponta do Arpoador, que é onde, além de ser um local belíssimo, o vento é constante.
Arpoador é o nome de um vilarejo onde os Pequenos Lençóis terminam. Ficar hospedado ali significa experimentar 24 horas por dia, a experiência de estar em uma região, não só linda, mas também de uma rusticidade rural que só contribui para aumentar a sua beleza.
Foi ali que encontrei a bela rusticidade rural que Santo Amaro perdeu um pouco ao optar pelo crescimento.Trata-se de um lugar muito simples, com ruas de areia, pouca iluminação e condições sanitárias precárias.
A maioria dos seus habitantes vivem do que plantam ou pescam.Você deve ter em mente que não há muitas opções de lugares para comer e que depois que o sol se põe, nada para fazer, a não ser descansar.
Mas acompanhar a rotina diária do lugar, como a pesca nas lagoas, por exemplo, além de belo, é reconfortante.Ainda longe de ser explorada pelo turismo de massa - a maioria se contenta em ir até Barreirinha ou Atins -, Tutóia e, principalmente a região do Arpoador, ainda guardam uma atmosfera de paraíso perdido.
Quem está percorrendo a Rota das Emoções, a caminho do Delta do Parnaíba, passa apressadamente pela região, sem se dar conta do verdadeiro tesouro que há ali.
Não sei até quando os Pequenos Lençóis permanecerão intocáveis assim.
Espero que não mudem nunca. Mas as mudanças climáticas em curso poderão alterar esse paraíso. A melhor época para visitá-los coincide com a melhor época para ir aos Lençóis Maranhenses também.
Então, que tal preparar uma visitinha no ano que vem?
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