Um Fato, três versões
Para a comprensão do fato que será narrado em seguida, é imprescindível que se escute isto
Primeira Versão
Karlitos é um policial americano e está na recepção de uma delegacia. Está sentado tranqüilamente, lendo um gibi, quando um policial grandalhão entre na sala, trazendo um menino de uns 13 anos.
“Este moleque estava praticando um furto em uma residência aqui perto, Charles.”
Charles sai de trás da mesa e aproxima-se do outro policial e do moleque.
“Mas é apenas um garoto, Joe!”
“Não se iluda, Charlie. Este moleque já é um marginal de alta periculosidade.”
Enquanto Charlie Chaplin e o outro policial conversam, o garoto enfia a mão no bolso do policial grandalhão e tira um molhe de chaves, sem que este perceba. Chaplin continua:
“Ora, mas ele ainda é uma criança, Joe! Os brasileiros é que estão certos. Lá eles tem um tal de Estatuto da Criança e do Adolescente.”
“Você não sabe o que está dizendo, Charlie. Este moleque é um delinqüente, um caso perdido. Ficar atrás das grades é a única solução pra ele.”
Na ponta dos pés, o garoto vai se afastando dos dois e sai da sala.
“Eu teria vergonha de prender um moleque deste tamanho.”
O policial Joe se irrita e passa a discutir com Chaplin.
“O quê? Você acha que agi errado? Você quer dar palpite no meu trabalho, Charlie? É isso? Você quer me ensinar a trabalhar? É isso, Charles?”
“Não. Eu não quis dizer isso, Joe. Só acho que...”
“Mas é apenas um garoto, Joe!”
“Não se iluda, Charlie. Este moleque já é um marginal de alta periculosidade.”
Enquanto Charlie Chaplin e o outro policial conversam, o garoto enfia a mão no bolso do policial grandalhão e tira um molhe de chaves, sem que este perceba. Chaplin continua:
“Ora, mas ele ainda é uma criança, Joe! Os brasileiros é que estão certos. Lá eles tem um tal de Estatuto da Criança e do Adolescente.”
“Você não sabe o que está dizendo, Charlie. Este moleque é um delinqüente, um caso perdido. Ficar atrás das grades é a única solução pra ele.”
Na ponta dos pés, o garoto vai se afastando dos dois e sai da sala.
“Eu teria vergonha de prender um moleque deste tamanho.”
O policial Joe se irrita e passa a discutir com Chaplin.
“O quê? Você acha que agi errado? Você quer dar palpite no meu trabalho, Charlie? É isso? Você quer me ensinar a trabalhar? É isso, Charles?”
“Não. Eu não quis dizer isso, Joe. Só acho que...”
“E além do mais, esse garoto...”
Neste momento, os dois procuram o garoto e não o encontram.
“Mas...onde está o moleque. Charlie?! O moleque safado fugiu!”
Eles ouvem barulho de motor de carro e correm para a janela. Lá fora, o moleque está dentro de uma viatura policial e foge dando tchauzinho pra eles.
Neste momento, os dois procuram o garoto e não o encontram.
“Mas...onde está o moleque. Charlie?! O moleque safado fugiu!”
Eles ouvem barulho de motor de carro e correm para a janela. Lá fora, o moleque está dentro de uma viatura policial e foge dando tchauzinho pra eles.
FIM
Segunda Versão
O Moe dos Três patetas é um policial e está na mesa da recepção de uma delegacia, quando os outros dois chegam, trazendo um garoto de uns 13 anos.
Larry: “Ei, Moe! Prendemos este meliante furtando objetos dentro de uma casa.”
Moe: “Mas macacos me mordam! Que diabo está acontecendo aqui? Quem disse que podemos ficar com este garoto?”
Larry, apontando para o Curly: “Ele.”
Curly, apontando para o Larry: “Ele.”
Moe esbofeteia os dois.
Moe: “Ora, seus cabeças-de-melão! Vocês não conhecem o Estatuto da Criança e do Adolescente? Esse moleque tem que ser levado para a Vara de Infância e da Juventude.”
Enquanto os três brigam, o moleque tira um molhe de chaves do bolso de Curly e começa a se afastar do grupo, sorrateiramente, andando para trás, até deixar rapidamente a sala.
Larry: “Ei, mas espere aí, Moe. As vítimas não chamaram a Vara da Infância e da Juventude. Eles chamaram a gente.”
Moe: “Oh, mas não é que essa sua cabeça de minhoca consegue pensar?”, ele segura os cabelos eriçados de Larry e o puxa com força. “Ora, seu cabeça de pudim. Eles chamaram vocês para que vocês o levassem para a Vara da Infância e da Juventude.”
Curly: “Ei, Moe. Os reformatórios não têm mais vaga. E além do mais, esse moleque não está protegido pelo Estatuto.”
Moe: “Ah, não? E posso saber por quê?”
Curly: “Ele tem 13 anos e já não é mais criança.”
Larry: “É. E ainda não é adolescente também.”
Moe: “Oh, sim. Eu pensava que vocês fossem idiotas, mas me enganei, sabiam?”
Moe bate a cabeça do Curly com a cabeça do Larry.
Moe: “Vocês são imbecis! Agora peguem este garoto e...hei, cadê o garoto?”
Eles ouvem o barulho de carro dando a partida e correm para a janela. Lá fora, o garoto foge na viatura da polícia, dando tchauzinho pra eles.
O Moe dos Três patetas é um policial e está na mesa da recepção de uma delegacia, quando os outros dois chegam, trazendo um garoto de uns 13 anos.
Larry: “Ei, Moe! Prendemos este meliante furtando objetos dentro de uma casa.”
Moe: “Mas macacos me mordam! Que diabo está acontecendo aqui? Quem disse que podemos ficar com este garoto?”
Larry, apontando para o Curly: “Ele.”
Curly, apontando para o Larry: “Ele.”
Moe esbofeteia os dois.
Moe: “Ora, seus cabeças-de-melão! Vocês não conhecem o Estatuto da Criança e do Adolescente? Esse moleque tem que ser levado para a Vara de Infância e da Juventude.”
Enquanto os três brigam, o moleque tira um molhe de chaves do bolso de Curly e começa a se afastar do grupo, sorrateiramente, andando para trás, até deixar rapidamente a sala.
Larry: “Ei, mas espere aí, Moe. As vítimas não chamaram a Vara da Infância e da Juventude. Eles chamaram a gente.”
Moe: “Oh, mas não é que essa sua cabeça de minhoca consegue pensar?”, ele segura os cabelos eriçados de Larry e o puxa com força. “Ora, seu cabeça de pudim. Eles chamaram vocês para que vocês o levassem para a Vara da Infância e da Juventude.”
Curly: “Ei, Moe. Os reformatórios não têm mais vaga. E além do mais, esse moleque não está protegido pelo Estatuto.”
Moe: “Ah, não? E posso saber por quê?”
Curly: “Ele tem 13 anos e já não é mais criança.”
Larry: “É. E ainda não é adolescente também.”
Moe: “Oh, sim. Eu pensava que vocês fossem idiotas, mas me enganei, sabiam?”
Moe bate a cabeça do Curly com a cabeça do Larry.
Moe: “Vocês são imbecis! Agora peguem este garoto e...hei, cadê o garoto?”
Eles ouvem o barulho de carro dando a partida e correm para a janela. Lá fora, o garoto foge na viatura da polícia, dando tchauzinho pra eles.
FIM
Terceira Versão
05/12/2005 - 19h16m
Menino de 13 anos é preso e foge em carro furtado de policial
Brunno Folli - Diário de S.Paulo
Globo Online
SÃO PAULO - A ousadia de um garoto de apenas 13 anos surpreendeu a polícia de Franca, a 400 quilômetros de São Paulo, neste domingo. Flagrado pouco após o furto de uma residência em Santa Teresinha, bairro de classe média, o menor foi levado ao 1º Distrito Policial da cidade, de onde conseguiu escapar dirigindo a viatura de um investigador.
O garoto havia sido levado por policiais militares até o distrito, sábado à noite, para prestar depoimento sobre o furto que cometera. Na manhã seguinte, depois que o boletim de ocorrência foi elaborado, o menor teve de aguardar a chegada de seus pais para que fosse liberado do local.
Aproveitando um momento de distração dos policiais, o garoto cruzou o corredor da delegacia - driblando as equipes do plantão, chefia e delegacia seccional - e invadiu o pátio do distrito. Lá, o menor entrou num Kadett usado por um investigador. A chave do carro estava no contato. O menor ainda abriu, sem que os policiais notassem, o portão do pátio, e fugiu. Ele foi recapturado depois que um dos pneus do carro furou.
O garoto havia sido levado por policiais militares até o distrito, sábado à noite, para prestar depoimento sobre o furto que cometera. Na manhã seguinte, depois que o boletim de ocorrência foi elaborado, o menor teve de aguardar a chegada de seus pais para que fosse liberado do local.
Aproveitando um momento de distração dos policiais, o garoto cruzou o corredor da delegacia - driblando as equipes do plantão, chefia e delegacia seccional - e invadiu o pátio do distrito. Lá, o menor entrou num Kadett usado por um investigador. A chave do carro estava no contato. O menor ainda abriu, sem que os policiais notassem, o portão do pátio, e fugiu. Ele foi recapturado depois que um dos pneus do carro furou.
FIM
Está aberta a votação. Qual das três versões é mais engraçada? Aguardo comentários.
12 Comments:
Julio,
tá acontecendo uma coisa estranhíssima.
Nos comentários que você deixa lá no Av.Copacabana nos ultimos dias (2? 3?)eu clico no seu nome-link (que embora aparentemente esteja certo) e ao invés de vir pra cá vou parar em uma páguna de anúncios americanos...
Será que o problema é o meu computador ? Só rola com os seus comentários...
Será que não valeria à pena você dar um pulo lá e testar clicando no seu comment pra ver no que dá ?
abç!
Já vou ler o seu post novo.
TUDO OK !!!
ah, que texto legalzérrimo !
E o som dos 3 patetas me fez voltar no túnel do tempo !
Abçs!
Voto na versão 2 disparado, embora tenha gostado das 3.
Pateta.
Valeu, Jôka
Ótima recuperação e bjs pra Gigi
gd ab
fico com a primeira.
abraços
Valeu, Emerson. Eu acho que a terceira é a mais hilária por ser a real.
gd ab
Sinceramente, não sei qual é a mais tragicômica.
Esqueci de me indentificar *rs
Valeu, Suely
realmente é difícil
bjs
Com os três patetas fica mais verossímil.
Gostei de todas. Seu blog é muito legal.
Eduardo e Pecus, obrigado pela visita.
gd ab
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