terça-feira, junho 29, 2010

Esses fotógrafos maravilhosos e seus clicks fantásticos

Nunca escondi o quanto gosto de fotografia. Muita gente gosta, mas não tem noção do poder de uma foto.
Talvez esses trabalhos aí em baixo, todos tirados  daqui, dão uma idéia
O diretor Francis Ford Coppola no final dos anos 70, época do fracasso de crítica e financeiro de Apocalipse Now. A foto diz tudo.

Yoko, Wharol e Lennon levando às últimas consequências a Revolução Sexual, na Nova Iorque dos anos 70, época em que a cidade era proibida para menores, antes de se transformar na Disneylândia da classe média consumista que é hoje.
Fotografias podem mostrar o lado ainda mais excêntricos de personalidades já excêntricas, como esta foto do saudoso Hitchcock curtindo a neve com os filhos.
Podem também revelar o lado B de uma pessoa. Marlon Brando sempre foi mostrado como durão e insensível em clássicos como Sindicato de Ladrões, Apocalipse Now, O Poderoso Chefão ou Um Bonde Chamado Desejo. Mas essa foto mostra que o homem ainda tinha salvação.

Fotografias também podem ser perigosas. Elas podem revelar o que não se quer que seja revelado. Como o momento de intimidade entre Marilyn Monroe e o presidente John Kennedy aí em cima...
...ou cenas constrangedoras como a mesma Monroe fazendo a linha largadona - mas sem perder a pose -, talvez já na sua fase bebum.
Fotografias também podem mostrar cenas interessantes, como um Travolta ensaiando para fazer bonito em Os Embalos de Sábado À Noite, em 1977.
Fotografias podem revelar o futuro de uma pessoa. Como essa Madonna, ainda ninfeta, já anunciando o que estava por vir...

...ou o futuro brilhante deste Jimmy Page, nos anos 50, que parece anúnciar o que seria como guitarrista do Led Zeppelin.

Fotografias também podem revelar o futuro sombrio de alguma pessoa. Como essa mostrando um depremido Court Cobain, no início dos anos 90.

Ou esse bizarro Michael Jackson, ainda nos tempos dos Jacksons Five.
Por tudo isso, sempre que você for clicar com sua câmera, seu celular ou seu ipod, lembre-se que você não estará apenas registrando uma cena bonitinha ou alegre. Naquele punhado de pixels estará registrado um momento que durará toda uma eternidade.

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sábado, junho 19, 2010

PERIGO!!!! HÁ UM NOVO VÍRUS À SOLTA NA WEB...

...as autoridades até agora não sabem informar como a coisa começou e nem quem o desenvolveu. Mas a verdade é que nunca se viu nada igual.
O viruzinho safado não causa nenhum mal aos sistemas, mas seu estrago na credibilidade da web é incaluculável.
O negócio funciona assim: uma vez instalado, o danado do vírus vasculha seu HD para ter uma idéia de quem você é. Depois, ele fica de olho em tudo o que você digita. Assim que você tecla mentiras a seu respeito, o vírus imediatamente lança uma mensagem, juntamente com uma foto sua, visando mostrar para a pessoa ou pessoas com quem você está se relacionando, sua verdadeira identidade.
E como a web sempre foi o território dos que são apenas o que gostariam de ser, o pânico em todo o mundo é enorme. Os jornais falam até em suicídios.
Vejam alguns casos de pessoas que foram vítimas e seus depoimentos:

Lotteta, a ninfeta
"Um homem disse que se masturbou pensando em mim. Já pensou que maravilha? E ainda me chamou de Lolô. Mas...êpa! Só quem me chama de Lolô é o meu marido, na intimidade. Desgraçado!"

Otávio - Empresário sério deseja conhecer moça séria para relacionamento sério
"Pelo amor de Deus! Eu tenho um nome a zelar. Pelo menos, eu acho."

Areuta - a blogueira terapeuta
"Tudo bem, quando eu exagero na vodka eu penso que sou a minha analista. E daí? Outro dia, uma menina disse que pensava em se suicidar até que leu o meu texto...ih, mas o texto era sobre minhas tentativas de suicídio e a garota não comentou mais. Fudeu!"

Barbosa (ou Lu, a blogueira fogosa)
"Puxa! Era só até eu arrumar grana pra minha operação de mudança de sexo. Pô, sacanagem!"

João, do Blog Diário de um Garanhão
"Tá certo! A maioria dos posts foi tudo mentira. Mas eu juro que consegui fazer uma gartoa de programa gemer de dor. Foi verdade! Tá bom, ela sofria de reumatismo. Mas que gemeu, gemeu."

Gerson, criador da comunidade Tenho MBA, Logo Existo, no Orkut.
"Porra, mermão! Vai dizer que tu nunca enfiou o pé na jaca numa festa de final de ano na empresa e dublou o Abba, cantando Dancing Queen? Tudo bem, a empresa era minha, mas isso não tem nada a ver, porra!"
Teka (ou Paulão), do Blog do Casal Feliz
"E agora, sem a grana dos patrocinadores como vou pagar a pensão pra vagabunda da Teka? Alguém pode me dizer?"
Adamastor (ou Dj Nonô) do Blog do Pancadão
"Meu filho, minha incontinência urinária melhorou e meu Alzheimer regrediu. E as tchuchuquinhas eram tão bonitninhas comentando! Só senti a falta da Wilza Carla, da Derci, da Virgínia Lane, da Emilinha..."

Dona Maria (que atende no MSN por Goreti Boquete)
"Tá, então você quer uma explicação lógica para o que eu fazia. Então, dá uma olhada no que eu tenho toda noite dormindo do meu lado e vê se  tá bom pra você e não me enche o saco!"

Julio Corrêa, do Blog Bala Perdida
"Tá olhando, o quê? Sou fodão mesmo! Malandro pra sessenta! Dou nó em pingo n´água e na cama faço pedir a rego. Se não acredita, cai dentro que não vai ser mole pra tu."

É que eu descobri como enganar o vírus. É só falar a verdade que ele inverte para o que você gostaria de ser.
Fala Sério!

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quarta-feira, junho 09, 2010

O Lado B de Nova Iorque Para Turistas Lado B

Sempre travei uma conturbada relação de amor e ódio com Nova Iorque, que já tive oportunidade de relatar aqui.
Cada vez que eu aparecia nesta cidade, tinha a impressão desconfortável de ter sido enganado. O incômodo sentimento de que aquela cidade não havia se mostrado por inteira, de que ela só havia mostrado o que queria mostrar, de que ela me escondia alguma coisa. E na hora da partida, quando o avião se preparava para decolar, eu dizia para o skyline mais famoso domundo: "Na próxima você não escapa."
E eu partia, deixando para trás a Big Apple rindo da minha cara.
A sensação aumentou depois que descobri o sensacional New York Daily Photo, blog sobre o qual já cansei de falar aqui e que se dedica a mostrar o cotidiano de uma Nova Iorque que os turistas nem sonham que exista. A cada post lido vinha a confirmação do que eu já suspeitava: existe a Nova Iorque exuberante e arrogante que esconde sua uma outra tão surpreendente quanto a dos cartões postais.
Nesta última vez em que lá estive, quando o avião pousou no JFK, falei para mim mesmo: "Dessa vez você não escapa, cretina."
Após as comprinhas básicas e passar alguns dias dando um giro pelos locais que eu gosto em Manhattan, saí em campo para desvendar uma Nova Iorque que até então eu desconhecia. E o resultado foi mais interessante do que eu esperava, como mostram as fotos aí em cima, tiradas em Broad Channel, Brooklyn, onde Nova Iorque tem cara de uma Alagados Chic.
Para falar a verdade, existem poucos lugares que ainda são lado B em Manhattan. A mídia a cada ano se encarrega de descobrir um lugar novo que os turistas "precisam" conhecer. Foi o que aconteceu com a Veniero aì em cima. Há alguns anos atrás, a pasticceria localizada na rua E 11th St, era só dos nova iorquinos. Mas bastou, por exemplo, o mega-publicitário paulista Washington Olivetto elegê-la um dos seus lugares preferidos na cidade, para haver sempre brasileiros provando os seus doces maravilhosos. 
Embora eu apoie o trabalho da mídia em orientar os turistas numa cidade repleta de opções, como Nova Iorque, acredito que explorar e descobrir lugares por si mesmo seja uma experiência muito bacana de se levar da cidade, mesmo que você quebre a cara.
Mas a maioria dos turistas parece mesmo apostar nas fichinhas fáceis como a popular Katz´s, na Houston Ave, também no Lower East Side. A mídia diz que ali se come os melhores sanduíches de pastami e cheese cakes da cidade. Pois ainda acho os da Carnegie Deli, na Sétima com 56 th, muito melhores. Já até comentei aqui. Principalmente os cheesecakes. Ainda não encontrei outros melhores.
Há poucos metros da Katz´s, ainda na Houston, outro lugar badalado - emobra muito menos do que a primeira -, é a Yonah Shimmel, que foi mostrada no útlimo filme do Woody Allen, sobre o qual já falei aqui. Mas o que é bom para os guias turísticos ou para o Washington Olivetto ou para o Woody Allen nem sempre pode ser bom pra você.
Eu já tenho os meus lugares preferidos, mas sempre faço um safari para descobrir novos points. Foi assim que eu descobri o simpático Il Posto Canto, no 190 da 2th St, ainda no Lower East Side. Embora o lugar seja mais procurado para o happy hour ou o jantar, ali você pode almoçar pratos italianos com uma paz muito pouco nova iorquina. Totalmente livre da barulheira dos lugares turísticos. Paz, boa música, comida de boa qualidade, bom atendimento e preços honestos.
Cãezinhos esperam o seu dono terminar de curtir a balada, no genial Thailand Cafe, no 95 da 2nd Ave,  Lower East Side. Aliás, o Lower já deixou de ser lado B há muito tempo. Os altos preços dos imóveis no trio Soho/West Village e Chelsea, expulsou para lá uma boa parte do comércio e do público mais cool e alternativo. O Soho, que até a década de 90 era o mais alternativo bairro de Manhattan, agora está mainstream demais, cheio de restaurantes caríssimos, lojas de grifes famosas e boates badaladas.
Mas com essa imigração para o Lower, o bairro, que foi onde o punk rock nasceu, tem passado por uma enorme transformação. Suas ruas, que nos anos 70 eram sujas, mal frequentadas e tinham um ar sinistro, hoje vivem um boom e logicamente os preços dos imóveis também dispararam, o que levou, por exemplo, ao fechamento do clube CBGB, que funcionava na Bowery, 315, e justamente onde o punk nasceu. Hoje é uma elegante galeria de arte.
A noite no Lower é quente. Gente, quando digo que a noite no Lower East Side é quente, estou querendo dizer que o lugar ferve. São centenas de bares, cafés, clubes e restaurantes, espalhados por praticamente todas as ruas do bairro. Bota o agito da Lapa e do Baixo Gávea, no Rio, e da Vila Madalena, em Sampa, no chinelo.
Mas é uma noite mais para garotada e não para paquidermes como eu. Por isso, vou pouco lá e prefiro o agito do Greewich Village, que é mais variado.
Toda cidade tem o seu lado B. Mas para conhecê-lo, o turista tem que ter o que eu chamo de comportamento B. Logicamente quando você chega pela primeira vez, precisa conhecer o basicão. Mas reserve uns dias para viver com um local e desvendar lugares onde a cidade é mais verdadeira e que nem sempre estão nos cartões postais. A melhor forma de você fazer isso é tentar fazer o que você faria se estivesse em sua cidade.
Como gosto de literatura, acabei descobrindo essa gracinha de livraria, a Housing Works, no 126 da Crosby St., entre o Soho e Nolita. Lugar aconchegante, tranquilo, com um delicioso café e com um sebo de livros muito bom. Preços convidativos. Há uma quadra dali, multidões de turistas estão subindo e descendo a Broadway, fazendo compras. Você, turista lado B, já fez as suas - ir a NY e não fazer compras é como ir ao Rio e não pegar uma praia - e agora está curtindo a cidade na sua plenitude.
Turista Lado B tem calma para apreciar os detalhes de uma cidade que pode mudar da água para o vinho de uma rua para outra. Por exemplo, Nova Iorque é um espetáculo para os apreciadores de arquitetura, pois você encontra quase todos os estilos, muitas vezes, em poucos quarteirões. Exemplo: esse prédio em estilo gótico na quarta avenida, próximo à Union Square.
O turista lado B tenta saber um pouco da cidade onde vai visitar, para não apenas apreciá-la, mas para admirá-la.
O turista comum pode até achar interessante a High Line. Esse corredor ou longo deck que já foi uma ferrovia que estava desativada há anos e que começa no coração do Meatpacking e vai até a rua 30, em Chelsea.
Eles podem achar magnífico como os nova iorquinos souberam aproveitar uma área abandonada.
A maioria dos turistas podem ficar encantados com esse parque inaugurado há poucos anos e dizer: "Uau! Como Nova Iorque consegue utilizar bem um espaço!"
Mas quando você sabe o passado da área onde está o parque, você não passa apenas a curtir o local e sim, admirar a cidade. No post que fiz sobre o filme Parceiros da Noite, pouco tempo atrás, eu dei uma idéia da sugeira e da degradação total desta parte de Nova Iorque, hoje cheia de bares caríssimos, lojas de grifes badaladas como da da Stela McCartney, ateliers e boates hypadas. A esquina acima, Washington com Gavenston, é justamente onde a maioria das boates sadomasô do filme existiram.
A cidade Nova Iorque passou por uma grande transformação ao longo da década de 90 até hoje e acho que nenhum outro ponto mudou tanto quanto este. O turista lado A acha bonito. O lado B chega a sentir uma certa emoção que o leva a um prazer ainda maior.
O turista lado B se liga nas particularidades e nos detalhes da cidade visitada. Esta foto mostra um dos vários jardins comunitários que existem na área do Lower East Side. Este fica na 6th St, entre as avenidas C e B. São jardins mantidos pelos próprios moradores e são uma prova da tentativa desesperada dos nova iorquinos para transformar a terra onde vivem numa cidade mais humana. De repente, esses locais podem ser também uma opção para se dar uma relaxada.
Voltando ao Lado B de Nova Iorque, essa é a praia de Rockaway, no Queens, onde respira-se ares californianos.
Com direito a surfistas e tudo. Recomenda-se cautela ao tomar banho ali, pois além da água gelada, há correnteza e valões perigosos.
Ainda no clima californiano, as ruas de Bay Ridge, Brooklyn guardam um ar de San Francisco.
No mesmo bairro, próximo ao delicioso Owen´s Park, ares londrinos.
Em Sheephead Bay, ainda no Brooklyn, encontra-se ruas muito tranquilas e casas confortáveis em estilo countryside, que fazem você se esquecer totalmente em que cidade está.


Eu cheguei a Nova Iorque dias após a tentativa frustrada de se explodir um carro-bomba em pleno Times Square. Não preciso dizer que a tensão era grande e nunca vi as áreas mais turísticas tão cheia de policiais. Mas ali em SheepHead Bay, tinha-se a impressão de se estar em outro continente. Muita paz, motoristas parando para você atravessar, pessoas gentis lhe cumprimentando mesmo sem lhe conhecer, pais e filhinhos, idosos e cãezinhos, longe do clima neorótico de Manhattan.
Aliás, ali em Sheephead Bay há uma praia chamada Plumb Beach que é bem convidativa. Não é de mar aberto. Fica num canal, mas a água é limpa e menos fria.


Em Bay Bridge fica o Pier 69, ponto do Brooklyn desprezado pelos turistas e por isso mesmo interessante. O que se vê lá são moradores locais levando sua vida numa paz quase que interiorana, coisa que eu julgava impossível. A crise financeira fez muitos desempregados procurarem o Pier para pescar o que irão comer. Uma realidade bem distante dos letreiros da Times Square. É um lugar muito gostoso para se ir num final de tarde e assistir os nova iorquinos levando sua vidinha.
Além do mais, do Pier 69 se tem um ângulo totalmente diferente do skyline mais famoso do mundo.

Outro pier interessante que encontrei foi o do Gantry Plaza State Park, no Queens. Ele fica em frente a Manhattan, na altura da rua 35 e também nos dá a oportunidade de ver a cidade de outro ângulo...



Outro lugar que vem provar que a paz é possível em Nova Iorque. Índice turístico zero.
Williamsburg, no Brooklyn, já há algum tempo deixou de ser lado B. Diariamente o metrô da linha L despeja centenas de turistas na estação da 7th street com Bedford Ave., todos ávidos para respirar a atmosfera cool criada pelos jovens artistas que foram expulsos pelos altos aluguéis do trio Chelsea/Village e Soho. Williamsburg realmente é muito interessante. Ao longo da Ave Bedford, nas boutiques, nos brechós, nos cafés e nos bares moderninhos, pode-se encontrar quase que uma filial nova iorquina do que existe no maravilhoso bairro de Shoreditch, em Londres, onde também novos talentos da classe artística fugiram do Soho londrino e agora colorem o lugar com sua originalidade. O interessante tanto em Shoreditch quanto em Williamsburg é que esses lugares ainda não foram contaminados pelo modernoso, pelo alternative chic, que infelizmente polui um pouco o Soho de Manhattan. O bairro ainda tem cara de bairro, com suas lojinhas tradicionais e seus prédios simples, que nos lembram que até há alguns anos atrás, aquela área era totalmente desprezada.
Williamsburg é hoje um dos lugares mais interessantes da Big Apple. Moderno, alternativo, cool e altamente politicamente correto. Basta ver que os moradores protegem com embalagens as raízes das árvores.

Mas os turistas que vão a Williamsburg são aqueles mais descolados.
A grande maioria, quando se dá ao trabalho de ir ao Brooklyn, se contenta em fazer o programa-clichê Brooklyn Promanade para tirar fotos do skyline e almoço na supervalorizada Pizzaria Grimaldi, onde o funcionário prepara mais uma fornada na foto acima. Sempre achei pouco digno ficar numa fila, durante vinte, trinta minutos, enfrentando sol de rachar ou recebendo as chicotadas do vento frio que sobe do rio. Por isso, nuna me atrevi a entrar. Desta vez, como a fila estava bem menor, entrei para matar a fome, esperando encontrar uma senhora pizza. Decepção. Pizzarias cariocas ou paulistanas fazem muito melhor. Lá dentro, nada de excepcional e mais garçons apressados e turistas A estressados. A pizza é de massa fina e sabor medíocre. Talvez tenha sido por que eu esperava algo proporcional ao sacrifício de estar ali. Conselho: Pizzaria Grimaldi é tão armadilha para turistas como o Empire State e a Estátua da Liberdade. Fuja!
O passeio-clichê termina sempre com o sorvetinho da Ice Factory, bem próxima do Grimaldi. Mas esse eu rrrrrecomeeeendo mesmo. Gostosíssimo e a preços camaradas. Não vou a NY sem ir lá.
Mas voltando ao Williamburg, muito poucos são os turistas que entram em uma das transversais da avenida Bedford e seguem direto até o local mais bacana que conheci no bairro: o East River State Park.
No mundo todo, as pessoas parecem que escolhem um lugar para assistir o sol morrer. Um dos melhores lugares para se curtir um pôr de sol para mim, ainda continua sendo o da Pedra do Arpoador, na minha cidade. Mas existem outros locais para se celebrar o fim do dia. Seja no Gasômetro, à beira do Guaíba, em Porto Alegre; seja à margem do Senna, em Paris ; ou em Dolores Park, San Francisco ou seja à margem do Rio Jacaré, João Pessoa, ouvindo o Jurandy tocar o seu sax ou seja no Morro do Forte do Boldró, em Fernando de Noronha. Em Nova Iorque, o local mais cool e descolado é esse parquinho à margem do East River.

Poucas cidades têm a sorte de ter a exuberância do Rio de Janeiro. O que o pessoal cool de Williamsburg tem é esse parquinho à beira do rio, então é para lá que eles vão. Enquanto 99% dos turistas estão lá no já manjado Brooklyn Promanade, os locais vão curtir o dia morrer num alto astral que nunca imaginei encontrar nesta cidade. Me surpreendeu.
Quem quiser uma dica de um lugar para ir após o pôr do sol, segura essa: Nita, Nita, na esquina da Wythe Ave com a 8th Street, perto do East River Park. O lugar tem um quintal nos fundos, onde se faz um brunch com ar de churrasco na casa de um amigo. Genial.
Também estive na região de Staten Island, que me surpreendeu pelo alto padrão de algumas regiões e a qualidade de vida que deve ser bem alta. Infelizmente, não tive tempo para conhecer muito e fiquei sem bateria na máquina. Por isso, as duas únicas fotos que tenho são essa aí de cima e as duas de baixo que foram tiradas do trem do metrô que corta a ilha. Não ficaram boas. Na próxima vez, pretendo conhecer a região melhor.

Querem saber? Nova Iorque subiu no meu conceito depois dessa viagem. Foi um prazer descobri-la tão humana e charmosa!
Só não sei por que ela fez tanto jogo duro comigo. Orgulhosa!
* Na trilha sonora: Pat Matheny - The Search

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