sexta-feira, outubro 30, 2009

Coisas que a gente lê, vê ou ouve e não pode deixar passar 3

"Eu sou o genérico dela, meu bem."

"Uma puta...ops! uma mulher pública me abordando, enquanto eu apreciava a capa da última Playboy, numa banca de jornal."
* O Serviço Nacional de Meteorologia adverte: por motivo de falta de tempo crônica, a previsão para os próximos dias é de blog instável com posts esparsos. Mas, me aguardem! Temporais de informação estão a caminho. Fiquem com Deus e juizo!

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quarta-feira, outubro 21, 2009

Músicas que podem lhe ser úteis - IX

Você quer se aposentar sem ter tempo de contribuição ainda e não sabe como. Eu já dei uma dica aqui. Não deu certo?

Tá legal. Então, faça o seguinte:

1) Decore a letra dessa musiquinha que você deve estar ouvindo e que tem o singelo título de AA UU. Está no álbum Cabeça de Dinossauro, da banda paulistana Titãs, lançado em 1989.


AA! UU! AA! UU!AA! UU! AA! UU!
Estou ficando louco

De tanto pensarEstou ficando rouco

De tanto gritar...(2x)
AA! UU! AA! UU!AA! UU! AA! UU!
Eu como, eu durmo

Eu durmo, eu como

Eu como, eu durmo

Eu durmo, eu como...
Está na hora de acordar

Está na hora de deitar

Está na hora de almoçar

Está na hora de jantar...(2x)
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!AA! UU! AA! UU!AA! UU! AA! UU!AA! UU! AA! UU!AA! UU! AA! UU!
Estou ficando cego

De tanto enxergar

Estou ficando surdo

De tanto escutar...(2x)
AA! UU! AA! UU!AA! UU! AA! UU!
Não como, não durmo

Não durmo, não como

Não como, não durmo

Não durmo, não como...
Está na hora de acordar

Está na hora de deitar

Está na hora de almoçar

Está na hora de jantar...(2x)
AA! UU! AA! UU!AA! UU! AA! UU!


2) Depois, no meio do expediente, vai até o banheiro. Tire TODA a roupa e descabele o cabelo;

3) Faça aquela cara como se o seu remédio tarja preta tivesse acabado há dias e a crise de abstinência estivesse começando;

4) Por final, saia do banheiro e volte para o local de trabalho cantando bem alto, a plenos pulmões, pulando e dançando, enquanto pensa nas horas a mais que você vai dormir, as praias que você vai pegar, as viagens que vai poder fazer, enfim, no quanto você vai ser feliz.

E se não der certo? Bem, pelo menos você vai se ver livre dos seus companheiros de trabalho, pois eles devem ser loucos e serão internados.



Fala sério!!!!

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segunda-feira, outubro 19, 2009

A Missiva

Puta di menor


Putas safadas




Sua vaca




Ninfetas taradas




Só por curiosidade, pesquisei quais seriam as palavras que mais trazem para este blog, as pessoas que estão surfando no Google. E encontrei essas acima. Fiquei estarrecido! Não me lembro de ter usado essas expressões nos quatro anos de Bala.

Sempre achei esse blog muito familiar! Além do mais, se eu usasse tanta baixaria, minha visitação seria muito maior.
Meu caro leitor, sem mais delongas, no ensejo de não acusado de estar excedendo-me ao usar de tais chulas palavras para actrair visitantes, a partir dessa missiva, subscreverei esta senhorita na photo sobreposta como mulher pública.

Fala Sério!!!!!!!

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terça-feira, outubro 13, 2009

Pumb! Crash!!!! Bum!

Um táxi perde o controle e vai em cima de uma van comercial, numa esquina do Greewich Village, NY.
O Neves não estava envolvido no acidente. Mas até aí morreu Neves, você diria. Acidentes iguais a este devem ocorrer mesmo aos montes em várias cidades do mundo. Mas poucos são registrados por blogueiros.
Na verdade, o grande lance dessas fotos, tiradas do excelente New York Daily Photos, sobre o qual já cansei de falar aqui, é que o acidente havia acabado de acontecer. A polícia e os paraméticos ainda nem haviam chegado. E quem socorreu o motorista da van, ainda no carro, foram populares. Isso em uma metrópole mundialmente conhecida pelo seu individualismo selvagem, estresse e desumanidade. Realmente digno de nota. Essas fotos são provas fiéis de que o ser humano é realmente capaz de atos inesperadamente bons. Mesmo em Nova Iorque.
A grande mídia também ainda não havia chegado. E mesmo se tivesse chegado, se limitaria, talvez, a dar os dados burocráticos (estado do ferido, como foi, de quem foi a culpa, prejuízos, etc) e não seria capaz de registrar o belo exemplo de humanidade contido nas imagens. Isso cabe a nós, blogueiros. Por isso, apesar dos más línguas, acho que os blogs não vão morrer nunca. Não podem morrer.

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sexta-feira, outubro 09, 2009

Amantes neuróticos em cidade nervosa

Num fôlego só: Leonard ama Michelle que não o ama mas ele é amado por Sandra e fica com Sandra para esquecer Michelle.
Aparentemente, trata-se de um triângulo amoroso que já foi retratado mais de quinhentas vezes no cinema. Mas este Amantes (EUA, 2008), de James Gray, é um daqueles filmes em que o encanto não está bem na história e, sim, nos personagens. O que, consequentemente, exige muito dos atores.
O filme já começa mostrando o personagem principal, Leonard Kraditor, magnificamente interpretado por Joaquim Phoenix, tentando o suicídio, não suportando ter sido abandonado pela noiva.
Leonard, por sua vez, não é um homem comum. É um trintão solitário e esquisofrênico, que vive à base de remédios tarja preta. Seus pais tentam aproximá-lo de Sandra (Vinessa Shaw), filha de um casal amigo, uma mulher adulta que em pleno século XXI ainda embarca nessa de casamento arranjado. Mas ele acaba conhecendo Michelle (a estonteante Gwyneth Paltrow) e se apaixona por ela. Só tem um problema: Michelle não o ama. E Michelle é tão problemática quanto. Insegura, carente, com baixíssima auto estima e quimicamente dependente das mais variadas porcarias, na tentativa desesperada de amenizar o amor mal correspondido pelo seu chefe, mais velho e casado. Tem chance de rolar algum farelo de felicidade nesse relacionamento?
Isso tudo com um agravante: a história acontece em Nova Iorque, uma cidade que pode ser cruel com corações muito sensíveis.
Simpático e carismático, Leonardo nos conquista e nos faz torcer por ele. E sofrer quando tudo mela no final. Gray apostou tudo no seu elenco para ser o hightlight dessa história simples, mas emocionante. Pois se os relacionamentos hoje em dia já são complicados para as pessoas ditas "equilibradas", quanto mais para seres tão frágeis. Um golaço de Gray apostar em seres humanos, ao contrário de efeitos especiais, aventuras e ações de rocambolescas ou rostinhos bonitos. E mais: Lenardo, Sandra e Michelle poderiam ser seus vizinhos. Um deles poderia ser você. Por que não? E esse é o mérito desse filme, na minha humilde opinião.
* Infelizmente esse foi o último filme de Joaquim Phoenix, que decidiu abandonar as telas, depois das filmagens.

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terça-feira, outubro 06, 2009

A Música da Minha Vida

Todo mundo tem "a música da sua vida." E essa é a minha.
Voltando no tempo, até a madrugada de natal, 25 de dezembro de 1997. Estávamos ceiando e assistindo à Missa do Galo na tv, quando o telefone toca. Corri para atender, pensando que era mais um retardatário para nos desejar coisas boas, mas, na verdade, era a atual companheira do meu pai, para me dizer que ele havia acabado de falecer.
Meu pai tinha fibrose pulmonar - resultado de anos de tabagismo exagerado - e havia sido desenganado pelos médicos dois dias antes. Mas naquela tarde eu havia estado com ele. Estava bem e fizemos planos para o ano novo. No dia seguinte, toda a família deveria visitá-lo. Por volta das 22h eu havia falado com ele por telefone. Despediu-se desejando-me toda felicidade do mundo. Nada me fazia supor que ele morreria poucas horas depois.
No momento em que recebi a notícia, eu estava diante do enorme janelão do nosso apartamento, no Flamengo. Enquanto eu amortecia o golpe, ia olhando para os apartamentos nos prédios em frente e via as famílias festejando, trocando presentes, se cumprimentando, dançando, rindo.
Poucos minutos depois, lá estava eu à procura de um táxi para tratar da transferência do corpo. Durante o caminho, fui reparando nas janelas todas enfeitadas com luzes coloridas. As pessoas nas ruas carregavam seus presentes e ainda mantinham o ar festivo. Só quem passou por uma experiência dessa sabe a solidão esmagadora que se sente nesse momento. "Meu Deus! Eu sou o único ser humano triste e arrasado na face da terra esta noite!" Tá certo, era um exagero! Mas essa é a sensação incômoda que se sente. Afinal, eu também sabia que o natal nunca mais seria a mesma coisa para mim.
Por coincidência, o rádio do táxi, começou a tocar Azul da Cor do Mar (essa que você deve estar ouvindo). E naquele momento, confesso que meus olhos ficaram cheios d´água pela primeira vez, desde que havia recebido a notícia da passagem do meu pai. Mas o Julio que desembarcou na Tijuca, onde meu pai havia estado internado, não era o mesmo que havia embarcado no Flamengo.
Quando essa música foi lançada, em 1970, eu tinha dez anos e enfrentava uma das piores fases da minha vida: meus pais haviam acabado de se separar, enfrentávamos uma dura crise financeira, eu ia muito mal na escola e acabei perdendo o ano, devido a uma hepatite que quase me matou. Eu não tinha maturidade suficiente para enfrentar problemas que deixariam até mesmo um homem adulto meio abalado. Assim como não tinha maturidade para perceber a beleza dessa letra. Minha irmã tinha esse disco, que foi o primeiro trabalho do Tim Maia, e eu achava essa música apenas bonita, na época.
O Nelson Motta conta em seu livro Vale Tudo. Tim Maia (Editora Objetiva) - há um ano na lista dos mais vendidos - que o síndico - apelido que Tim sustentou durante anos, causando tumultos e brigando com as platéias - estava na pior, em 1968, após ter sido extraditado dos EUA por porte de drogas, e teve que morar quase que de favor no quarto de um apartamento na zona sul carioca, dividido por dos amigos jornalistas. Feio, duro e obeso, Tim tinha uma dificuldade crônica para encontrar namoradas - aliás um problema que se arrastaria pelo resto de sua vida e o faria sofrer demais. O tal apartamento era um entre e sai de garotas e o pobre Tim tinha que se contentar ficar ouvindo a festa rolando nos quartos ao lado. Foi numa dessas noites solitárias, ele escreveu Azul da Cor do Mar.

Muito se fala sobre o fato de o artista compor melhor em fases de sofrimento. E nesse caso foi a mais pura verdade. Naquela triste madrugada do natal que percebi a grandeza contida na letra dessa música. Quando se aprende o ensinamento contido em suas frases, você passa a encarar a vida de outra forma. Você cresce, você amadurece, você se humaniza, você se ilumina.

Não quero me fazer de vítima, mas assim como o Tim, aprendi da pior forma possível. E o agradeço por ter contribuído por aquela viagem de táxi ter, não só ter me feito chegado às lágrimas para ter forças para enterrar meu pai, em pleno dia de natal, com certa dignidade, mas também ter mudado a minha forma de encarar a vida.

Todo mundo tem "a música da sua vida". Me diz aí qual é a sua.

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sexta-feira, outubro 02, 2009

Coisas que a gente lê, vê ou ouve e não pode deixar passar 2

Uma amiga para outra mulher, no meio de um estresse entre as duas:
"Olha, é melhlor não brincar comigo, minha filha! Minha pomba gira é bipolar!"

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